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GASTRONOMIA

A caldeirada está com tudo!

Reconhecido internacionalmente pela variedade de peixes, o Estado do Pará é, também, um celeiro de boas receitas à base de pescado. O DIÁRIO foi em busca de algumas das mais famosas caldeiradas de Belém e conta um pouco da história dessas famílias que fi

Reconhecido internacionalmente pela variedade de peixes, o Estado do Pará é, também, um celeiro de boas receitas à base de pescado.

O DIÁRIO foi em busca de algumas das mais famosas caldeiradas de Belém e conta um pouco da história dessas famílias que fizeram da biodiversidade dos rios da Amazônia o seu ganha pão.

E se a caldeirada em geral já muito pedida nestes restaurantes, a de filhote então, é sucesso absoluto.

Conheça a história de restaurantes onde a caldeirada é sucesso absoluto.

COMEÇO NA GARAGEM

Quando decidiu montar seu próprio negócio, João Garcia Filho, 43 anos, pensou em investir em uma locadora de vídeos. Para sorte sua e dos amantes da boa culinária, um amigo o alertou: as locadoras estavam em crise, prejudicadas pela pirataria. A solução veio do que, antes, era apenas diversão. “A gente sempre reunia os amigos aqui nesta área que era o jardim de casa, fazia almoços e todo mundo elogiava a comida”, conta, apontando para o salão com ar-condicionado e mesas de madeira onde serve cerca de 150 moquecas por mês.

A hoje famosa Peixaria do Garcia começou na garagem da sua casa. A fama do cardápio e a propaganda boca a boca foram atraindo clientes e o negócio foi crescendo e tomando conta do imóvel.

Peixaria do Garcia

Endereço: Barão do Triunfo, entre Marquês de Herval e Visconde de Inhaúma

Prato: Uma opção é a caldeira grande de filhote, que serve de 4 a 5 pessoas

DE GARÇOM A DONO DO PRÓPRIO NEGÓCIO

Foi numa fábrica de massas em Santarém que o jovem de Óbidos, Manoel Vasconcelos conheceu a Angelina. Casaram. Moraram em Manaus, Macapá e Belém. Manoel, hoje com 67 anos, fez fama como garçom. Trabalhou em lugares tradicionais da capital paraense até que decidiu abrir a peixaria Amazonas no Amapá. Há 17 anos, o negócio chegou a Belém e hoje é comandando pela filha Percilda, 33 anos (com o seu pai na foto). O pai ainda atua no caixa e Angelina cuida do estoque. As receitas são de família. “Não temos nada muito sofisticado. Apostamos na culinária regional e fazemos pratos para quem gosta de peixe, mas pensamos em quem tem restrições alimentares”, explica Percilda.

O rei do lugar é o filhote, o peixe mais pedido em todos os cardápios. “A gente diz que o filhote deveria ser o embaixador do Pará. Muita gente de fora vem aqui só por causa dele”, brinca a jovem.

Peixaria Amazonas Endereço: Municipalidade, 282

Prato: Caldeirada de filhote

APELIDO VIROU MARCA REGISTRADA

Manoel Barata Favacho começou a trabalhar ainda na adolescência. Era ajudante de cozinha em uma casa proibida para menores nos áureos tempos do bairro da Condor, em Belém. Foi lá que conheceu um empresário que o levou, em 1973, para Brasília – onde ficou um ano e meio – e depois São Paulo, para uma jornada que durou 11 anos. Lá, Favacho, trabalhou em restaurantes de comidas típicas do Pará. Quando o negócio fechou, voltou para Belém e, há 25 anos abriu o negócio no bairro onde tudo começou. No início era uma portinha, sem placa. A falta de cabelos do proprietário servia de referência e assim surgiu a famosa Peixaria do Careca. “Mantemos sempre o mesmo estilo, simples. Não fazemos pratos chiques. Nosso negócio é essa comida tradicional”, conta, humilde.

Como nas boas casas do ramo, o carro chefe do lugar é a caldeirada de filhote, mas o cardápio inclui moquecas e peixes grelhados. Oito pessoas trabalham no local, que abre todos os dias. O movimento maior costuma ser aos domingos, quando careca chama reforços para ajudar a atender os clientes nas mesas de madeira cobertas com toalhas vermelhas e protegidas por plástico transparente. A casa atrai pelas porções generosas e pelo sabor.

Peixaria do Careca

Endereço: Alcindo Cacela, 4288

Prato: Um dos pratos é a cadeirada no tucupi

(Rita Soares/Diário do Pará)

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