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Veja o que levar em conta na hora da dieta

Abusca pela melhoria da aparência física tem levado muitas pessoas a procurar fórmulas milagrosas. Mas será que funcionam? E quais os riscos? A internet possui uma lista grande de dietas que prometem resultados rápidos, como a “dieta da fruta”, “dieta da

Abusca pela melhoria da aparência física tem levado muitas pessoas a procurar fórmulas milagrosas. Mas será que funcionam? E quais os riscos? A internet possui uma lista grande de dietas que prometem resultados rápidos, como a “dieta da fruta”, “dieta da proteína”, “dieta dukan”, “dieta da sopa”, entre outras. Existe ainda a dieta “low carb”, onde o consumo de carboidratos é reduzido.

Para a endocrinologista Adriana Lima, é errado achar que um tipo de dieta vai surtir efeito igual em pessoas diferentes, com condição de saúde e necessidades diversas. Ela alerta que seguir uma “dieta da moda” sem qualquer orientação de um profissional é sinônimo de colocar a própria saúde em risco. “Se existe algo que podemos fazer por nossa saúde é nos alimentar de forma saudável, é a forma mais eficaz de prevenir doenças e envelhecer bem”.

Ela ressalta que se a pessoa não reeducar seu estilo de vida, aquela dieta não terá o efeito desejado. “Fazer dieta por um período determinado de tempo não terá impacto permanente. Se alimentar de forma saudável em todas as fases da vida é o segredo”, pontua. Bastante difundido, o jejum intermitente surgiu como uma estratégia nutricional para ajudar na perda de peso e/ou para melhorar os parâmetros metabólicos, conforme ressaltou a especialista.

“Não deve ser feito de forma isolada, fora de um plano alimentar saudável e com baixo carboidrato, não em qualquer dieta. Digamos que ele seria a cereja do bolo na restrição de carboidratos”, reforça. Segundo Adriana, as dietas do “pode tudo”, onde a pessoa tem um limite de calorias para serem consumidas ao longo do dia também não são recomendáveis. “O mais importante em um plano alimentar é a qualidade dos alimentos. Se fizermos uma dieta que “pode tudo” em pequena quantidade e com grande restrição de calorias, provavelmente haverá perda de peso pela restrição calórica. Mas poderá sim ter comprometimento da saúde por deficiências nutricionais, se não observarmos o teor nutricional qualitativo do que ingerimos”, explica.

REEDUCAÇÃO

No consultório, a indicação de quantidades e tipos de alimentos que devem fazer parte de uma dieta dependem do tipo físico, estilo de vida, saúde e do objetivo do paciente, conforme ressaltou o nutricionista Fernando Rodrigues.

Ele ressalta que as “dietas da moda”, como o próprio nome já diz, são passageiras e, na maioria das vezes, não possuem comprovação cientifica. “Elas restringem a quantidade calórica, mas não dão a quantidade de nutrientes, carboidratos, proteínas significativas para que a pessoa tenha qualidade de vida e efeito duradouro. São dietas que, muitas vezes, dão resultado a curto prazo, mas não garantem um resultado a longo prazo”, considera.

Para manter a boa forma, Priscila Randel cortou glúten e lactose, além de evitar carboidratos. (Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

Mas se a pessoa busca um resultado permanente, o primeiro passo é, sem dúvidas, procurar o acompanhamento de um profissional, já que a reeducação alimentar requer um esforço. Significa mudar hábitos. “Você pode prescrever uma dieta maravilhosa, com todos os nutrientes necessários. Mas se a pessoa não quiser mudar, não vai adiantar de nada”, diz.

No cardápio da advogada Priscila Randel, 27, não entra alimentos que contenham glúten ou lactose. Além disso, a jovem evita os carboidratos, seguindo uma dieta low carb. Para ela, o esforço é válido para manter a boa forma física, aliada à prática de musculação. Priscila decidiu fazer a dieta depois de buscar na internet informações de nutricionistas e profissionais da educação física. Em seguida, ela procurou a orientação presencial de um profissional da nutrição. “A melhor coisa é procurar um profissional sério. Nunca peguei dieta da internet, mas sempre estudei quais eram os alimentos que podiam fazer mal para o organismo”.

Para chegar ao objetivo que era ganhar massa muscular, o advogado Neto Meireles, 26, também precisou mudar hábitos alimentares. Ele, por exemplo, não tomava café com leite e o almoço era basicamente macarrão acompanhado de carne. Em 2016, apesar de nunca ter tido problemas com a balança, Neto resolveu que precisava mudar e desde então passou a ter um acompanhamento com um nutricionista esportivo e, com isso, começou a construir uma reeducação alimentar de forma gradativa.

O jovem fez mais do que se reeducar. Hoje ele prepara a própria comida, do café da manhã até o jantar e a última refeição que é uma vitamina de abacate, em intervalos de 3 em 3 horas. “Malho há 11 anos. Mas hoje estou no meu melhor ‘shape’, com um ano e seis meses de acompanhamento nutricional. Procuro ser disciplinado, mas não me restrinjo totalmente”, afirma.

VEJA ALGUMAS DIETAS

As frutas são uma boa pedida para quem quer buscar uma alimentação mais saudável. (Foto: Wager Santana/Diário do Pará)

REEDUCAR A ALIMENTAÇÃO

  • Quando a pessoa procura um nutricionista, primeiramente precisa saber qual o objetivo
  • No consultório, o paciente precisará ser submetido a uma avaliação física, clínica e a exames como hemograma, colesterol, entre outros
  • A partir daí, o profissional vai adequar a dieta de acordo com o perfil, objetivo e a realidade de cada um.
  • Nunca siga uma dieta de terceiros, que foi prescrita e baseada naquela pessoa.
  • Se você quer adotar hábitos saudáveis e manter a boa forma, comece bebendo bastante água
  • Comer alimentos saudáveis de 3 em 3 horas, sem pular refeições.
  • Insira frutas no seu cardápio
  • Dê preferências aos produtos integrais, que aumentam a sensação de saciedade, rico em fibras que ajudam no funcionamento do intestino

Fonte: nutricionista Fernando Rodrigues

ORIENTAÇÕES

  • A principal recomendação é procurar um endocrinologista. O profissional é especializado em metabolismo e doenças metabólicas
  • Os tratamentos serão individualizados e as necessidades e respostas são diferentes entre os pacientes
  • Uma alimentação saudável deve fazer parte de todas as fases da vida
  • A alimentação balanceada inclui alimentos naturais, minimamente processados
  • Fonte: endocrinologista Adriana Lima

ALGUMAS DIETAS

DIETA DA FRUTA

Embora o consumo de frutas seja indispensável pelo alto valor nutricional desses alimentos, quando uma pessoa passa a se alimentar somente de frutas ou sucos estará deixando de ingerir nutrientes essenciais para a saúde que são as proteínas e as gorduras naturais, conforme pontuou a endocrinologista. Como consequência, Adriana aponta que poderão ocorrer a perda de peso com desnutrição proteica, perda de massa muscular e se por longo período, comprometimento grave da saúde.

DIETA DA SONDA

Já a chamada “dieta da sonda”, segundo a endocrinologista, visa restringir calorias com a utilização de um tubo de alimentação, introduzido no nariz. “Existem estudos mostrando os benefícios dessa dieta especialmente no que concerne a redução rápida de peso e na melhora de doenças metabólicas. Porém deve ser acompanhada por médicos experientes por conta dos distúrbios metabólicos que pode causar”, frisa.

LOW CARB

E quando se fala em low carb, ou seja, restrição de carboidrato, Adriana explica que existem diversas situações, já que uma dieta com 130 gramas de carboidratos ao dia já pode ser considerada “low carb”, até dietas com reduções drásticas como as “cetogênicas”. Para ela, a abordagem “low carb” é muito interessante, uma vez que há evidências de que garante perda de peso, manutenção de massa muscular e acima de tudo melhora dos parâmetros metabólicos associados ao excesso de peso. “Quando bem feita e orientada, não vejo males que possa causar, já que por princípio é uma dieta com alimentos de verdade que fazem parte dos nossos hábitos alimentares desde o início da evolução e que tem de forma geral todos os nutrientes que precisamos”.

GLÚTEN E LACTOSE

Há dietas que restringem o glúten e a lactose. Mas, para o nutricionista Fernando Rodrigues, não há necessidade de abolir os dois itens da alimentação. “Existe a intolerância à lactose e doença celíaca, provocada pelo glúten. Se você tem uma dessas doenças, não pode consumir. Agora se você não tem, você tira um alimento que não te faz mal apenas por achar que seria um inimigo do ganho de peso. Isso é mito”, reforça.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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