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Estádios e ambientes fechados podem ser uma ameaça à saúde auditiva

A Copa do Mundo está chegando e milhões de torcedores já preparam as malas para Rússia. Mas se o momento é de alegria, vale a pena também tomar alguns cuidados com a saúde auditiva, isso porque o barulho produzido em estádios de futebol pode colocar a aud

A Copa do Mundo está chegando e milhões de torcedores já preparam as malas para Rússia. Mas se o momento é de alegria, vale a pena também tomar alguns cuidados com a saúde auditiva, isso porque o barulho produzido em estádios de futebol pode colocar a audição em perigo.

A especialista em Otorrinolaringologia e Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Dra. Jeanne Oiticica, explica que o ouvido humano, em geral, costuma suportar ruído auditivo de até 90dB (decibéis) sem dor ou desconforto. Em uma partida de futebol o ruído médio é de 115dB. “A surdez transitória pode ser uma das consequências nestes casos. Além disso, pode ocorrer também tontura, zumbido, sensação de ouvido tampado (a chamada plenitude auricular), sensibilidade ou dor à exposição ao som. As tonturas são mais frequentes em indivíduos que possuem um defeito no osso do ouvido conhecido como ‘deiscência do canal semicircular’, e nestes casos, classicamente, desencadeadas por exposição a sons intensos”, explica a pesquisadora.

Zumbido e perda auditiva são algumas das possíveis sequelas, a depender da intensidade do ruído, do tempo de exposição, do nível de pressão sonora, do espectro da onda sonora e de características de sensibilidade e predisposição do próprio indivíduo.

“As células responsáveis pela audição (células ciliadas) possuem filamentos no seu topo, conhecidos como esteriocílios. Estes estão conectados entre si por filetes ou amarras ou teia de proteínas conhecidos como “tip links”. As “tip links” se rompem facilmente em situações de ruído, o que interfere no funcionamento das células da audição, o que em geral determina uma perda auditiva transitória. Contudo, ao contrário da lesão das células da audição, essas quebras podem se refazer. O reparo em geral ocorre em poucas horas (até 36 horas) após o evento ou trauma acústico, novas “tip links” se formam e as células da audição voltam a funcionar normalmente”, detalha Dra. Jeanne.

Além de sintomas auditivos e no sistema de equilíbrio, o ruído interfere ainda no sono, no humor, na cognição, no estado emocional e no trato gastrointestinal, a depender da intensidade do estímulo. Para crianças, o protetor auricular é mandatório, pois o efeito do ruído é cumulativo, portanto, quanto menor a exposição ao longo da vida, menores as chances de perda auditiva definitiva.

Foi na Copa do Mundo da África que as vuvuzelas ficaram famosas e se destacaram entre os torcedores que vão aos estádios. Mas a Dra. Jeanne chama a atenção para mais essa ameaça, com risco até de surdez. Os ruídos produzidos pelas vuvuzelas pode podem ultrapassar 130 dB. A Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15) da Portaria do Ministério do Trabalho nº 3.214/1978 estabelece os Limites de Tolerância à Exposição para Ruído Contínuo ou Intermitente - nível de ruído (dB) / máxima exposição diária permissível conforme a tabela a seguir:

“Ou seja, para uma partida de futebol usual, cujo ruído médio é de 115dB, recomenda-se exposição não superior a 7 minutos. Acima desta exposição, ou seja, acima de 115dB, não deve haver exposição sonora pelo risco de perda auditiva maior ou definitiva”, conta a especialista.

Quem não pode ir à Rússia, acaba indo aos bares que oferecem telões para ver os jogos. Esses ambientes costumam ser fechados, onde a dissipação do som é menor, o enclausuramento e o nível de pressão sonora são maiores. Existem aplicativos para celular que funcionam como decibelímetros, ou seja, determinam a intensidade de som do ambiente por meio do microfone do aparelho. Podem ser usados para aferir a intensidade de ruído e o tempo máximo de exposição sem proteção.

Mas há solução para ir ao estádio ou aos bares e torcer para a Seleção sem colocar a saúde em risco? Sim, e para isso, algumas dicas são importantes como não esquecer de usar protetores auriculares, acessório fundamental, segundo Dra. Jeanne. “O ‘tipo concha’ protege mais, pois reduz não só a transmissão do som por via aérea, mas também a transmissão por via óssea. Os protetores tipo inserção protegem apenas a transmissão de som via canal do ouvido. O protetor também pode ser confeccionado sob medida para o conduto auditivo de cada indivíduo, neste caso tira-se um pré-molde e procede-se à confecção do molde auricular definitivo.

(Com informações da assessoria)

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