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12 dúvidas frequentes sobre amamentação esclarecidas

Aquela troca de olhar inexplicável, o aconchego de ter o seu corpo perto do seu bebê e a satisfação de nutri-lo com o melhor alimento que ele pode receber nos primeiros meses de vida: o leite materno. Apesar de todas as vantagens que a amamentação oferece

Aquela troca de olhar inexplicável, o aconchego de ter o seu corpo perto do seu bebê e a satisfação de nutri-lo com o melhor alimento que ele pode receber nos primeiros meses de vida: o leite materno. Apesar de todas as vantagens que a amamentação oferece, nem sempre as coisas saem como o planejado no começo desse processo.

Alguns fatores são importantes para o sucesso da prática como ter uma rede de apoio, ajustar a pega correta, manter a tranquilidade e se informar. Perguntamos às nossas leitoras nas redes sociais quais são as principais dúvidas que elas têm sobre o assunto e reunimos as questões nessa matéria.

Para esclarecê-las, conversamos com Patricia Scalon, consultora e enfermeira do Grupo de Apoio de Aleitamento Materno (GAAM) da Maternidade São Luiz Itaim, da capital paulista. Abaixo você confere 12 perguntas e respostas sobre o aleitamento materno:

1. Amamentar deitada pode dar infecção de ouvido no bebê?

Não. Isso é mito porque a mama segue o formato da boca da criança e durante esse momento acaba ocluindo a comunicação com o ouvido. Também não temos uma restrição de tempo: o bebê pode ser amamentado nessa posição assim que nascer. O único cuidado de dar o peito deitada que é alguém deve estar próximo porque, muitas vezes, a mãe faz isso de noite, quando está cansada, e pode acabar adormecendo e caindo em cima do filho. Mas é importante não confundir: o que pode causar otite é o pequeno mamar mamadeira deitado.

2. As mulheres que estão amamentando podem consumir café e chocolate?

Sim, mas em pequena quantidade. Duas xícaras pequenas de café por dia não tem problema. Já o chocolate, nós recomendamos até 25 gramas diariamente. Vale lembrar que a cólica está mais relacionada com o desenvolvimento intestinal do bebê – que começa a partir dos 15 dias e finaliza por volta dos três meses – do que com a alimentação da mãe. Mas se achar que alguma comida está interferindo, ela deve fazer um teste comendo de 3 a 4 dias o alimento e observando a reação do filho, e depois ficando de 3 a 4 dias sem ele e analisando como a criança fica. Só assim ela vai perceber se alguma coisa específica está afetando a amamentação. A lactante pode comer de tudo com moderação, mas a única coisa que deve evitar são os refrigerantes e sucos ácidos – como o de limão -, porque eles mudam o pH do sangue e podem alterar o leite, deixando os pequenos desconfortáveis.

3. É normal sentir dor no bico do seio quando o bebê começa a mamar?

Não. A mãe só vai sentir dor se a pega estiver errada. Ainda na maternidade, os especialistas devem avaliar essa questão para fazer os ajustes necessários. Às vezes, no comecinho do aleitamento, a mulher pode ter sensibilidade, mas não dor. Também é importante lembrar que o bebê tem que abocanhar uma porção grande da aréola e não somente no bico, pois é justamente na região aerolar que fica o depósito de leite. Além disso, depois da mamada, o mamilo tem que sair redondinho e não amassado.

4. É normal a produção de leite diminuir mesmo quando o bebê está mamando normalmente?

Não. O que acontece que é por volta do terceiro dia após o parto desce uma grande quantidade de leite, até mais do que a criança está acostumada a mamar. Então nesse primeiro momento a mama fica muito cheia e pode até empedrar. A partir do quinto dia, isso começa a entrar em equilíbrio e as mulheres tendem a achar que têm pouco leite, mas na verdade elas produzem a quantidade ideal para os seus filhos. O leite muda ao longo do dia – pela manhã, por exemplo, as mulheres liberam 6 vezes mais hormônios de produção -, mas quanto mais a criança mama, mais ele é fabricado. Por isso a gente ressalta a importância da livre demanda.

5. As mulheres que amamentam estão liberadas para ingerir bebidas alcóolicas, mesmo que em pouca quantidade?

Não. O álcool passa 100% pelo leite materno e em nenhum momento recomendamos que isso seja feito. Mas, por exemplo, se a mãe for para uma festa e quiser muito beber, ela deve se programar antes ordenhando a mama e armazenando o conteúdo no freezer (que pode durar até 15 dias). Depois que tomar uma taça de vinho no evento, ela tem que jogar fora o próximo leite e beber bastante água para o organismo se recuperar antes de alimentar o filho novamente.

6. Meu filho resmunga ao mamar. Como saber se ele está sinalizando algum problema?

O que acontece é que quando o bebê mama, ele estimula o intestino e pode ficar um pouco incomodado. No primeiro mês de vida, a criança ingere o leite materno em um período mais longo – pode levar de 30 a 45 minutos em apenas um seio. Quando essa fase passa, ele aprende a mamar um volume maior em menos tempo. Às vezes, o fato de ele resmungar pode ser que esteja sinalizando que está na hora de trocá-lo de peito. Isso não significa que você não tem leite, mas vale observar se não é uma crise de cólica ou se ele quer arrotar porque engoliu ar.

7. Por quanto tempo preciso deixar o bebê arrotar após a amamentação?

Depois que ele mamar, o ideal é colocá-lo na posição vertical para arrotar por 15 minutos.

8. Aos seis meses de vida, a criança deve acordar várias vezes durante a noite para mamar? Isso é dengo ou fome?

Cada um vai adotar um ritmo. Como o estômago do bebê é menor, ele tem uma necessidade maior de acordar durante a noite e isso não é dengo. Mas com o passar do tempo, ele vai espaçar as mamadas noturnas. Nas primeiras semanas de vida, pedimos para os pais acordarem os filhos pelo menos de 3 em 3 horas para que eles sejam alimentados com o leite materno. Depois de um tempo, se o pediatra observar que o bebê está ganhando peso e que está tudo bem, a criança já pode despertar sozinha. Mas se ela acorda é porque tem necessidade de mamar.

9. Após a introdução alimentar, se o bebê mamar no lugar de uma refeição, ele vai sentir fome?

A amamentação não atrapalha a alimentação. Mas o que acontece é que quando a comida é introduzida na vida da criança, ela está acostumada com o leite materno. Por isso é importante respeitar esse momento seguindo as orientações do pediatra, mas se o bebê quiser mamar na hora da comida é porque ele está em processo de adaptação. A dica é primeiro insistir na comida, para depois oferecer o leite materno. A tendência é que ele comece a comer, fique satisfeito e não queira mais o peito nesse momento.

10.  O meu filho mama muito e, mesmo arrotando, algumas vezes chega a golfar. É normal?

Sim. O intestino dos bebês está se desenvolvendo, às vezes eles fazem força para evacuar e nisso comprimem a barriga e jogam o leite para fora. Qualquer situação com que tenha essa constrição pode fazer com que a criança regurgite.

11. É normal um seio produzir mais leite do que o outro mesmo quando a mãe oferece as duas mamas igualmente?

Sim. Em grande parte das mulheres, a saída do leite é maior em um dos peitos e o bebê é esperto: ele dá preferência para aquele em que o fluxo é maior. Então é essencial sempre oferecer as duas mamas. Comece por aquela que tem menos leite, dê uma insistida, para só depois dar a que está mais cheia.

12. Às vezes o meu bebê arrota após a mamada, mas outras vezes não. Por que isso acontece?

O bebê arrota se ele engolir ar. Então não tem o que fazer, o ideal é ficar esperando. Mas se os pais perceberem que ele não arrotou e está tranquilo, podem seguir os cuidados normalmente – e até colocá-lo para dormir.

 

 

Fonte: Bebê Abril

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