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Comentário ofensivo sobre amamentação revolta mães e internautas

Comentários ofensivos sobre amamentação geraram revolta nas redes sociais. Ao ver a foto de uma mãe amamentando o seu filho, um internauta chegou a dizer que ao ver a foto 'deu vontade de mamar também' e que ficou com 'água na boca'. O comentário caus

Comentários ofensivos sobre amamentação geraram revolta nas redes sociais.

Ao ver a foto de uma mãe amamentando o seu filho, um internauta chegou a dizer que ao ver a foto 'deu vontade de mamar também' e que ficou com 'água na boca'.

O comentário causou revolta generalizada entre os internautas, principalmente entre as mães, que lamentaram a atitude do rapaz, que incitou o ato de amamentar como sendo algo erótico ou obsceno.

Nota de repúdio

A organização do mamaço de Ananindeua emitiu uma nota repudiando e lamentando que "muitas pessoas não entendem a bandeira levantada sobre a questão, livre de preconceitos", e que "é muito triste um ato maravilhoso de amamentar em publicar se tornar alvo de olhares de condenação, reprovação e ainda, sexualizado e obsceno."

A nota reitera ainda, que vivem em uma "sociedade machista, cheia de preconceitos enraizados, onde uma cena linda se torna alvo de um comentário totalmente desrespeitador", e destaca ainda a importância de "educar as pessoas para que a sociedade evolua a ponto de que nossos filhos não se deparem com atitudes que violem nossos direitos".

"Que atitudes iguais a essa sejam veementes combatidas, que este tipo de comentário, de cunho machista e repugnante, não seja repetido", ressalta a organização, afirmando que repugna "tipos de comentários e posicionamentos que ridicularizam e sexualizam o ato de amamentar. Lutaremos pelo direito pleno a amamentação sempre."

Desmistificar os seios como algo erótico

Kelly Santos, uma das organizadoras da Hora do Mamaço em Ananindeua destaca que o objetivo do evento é justamente reforçar a importância da amamentação e desmistificar que os seios estão ligados a algo erótico.

"Isso faz com que muitas mães se sintam constrangidas de amamentar em público e isso prejudica a amamentação em livre demanda, que é tão importante para os nossos filhos. Às vezes é um olhar 'torto', um comentário e até mesmo um pedido para colocar um paninho e se cobrir", explica.

A organizadora revela que já foi constrangida por estar amamentando a filha. "Já pediram para eu colocar um paninho e expliquei que a minha filha só estava sendo alimentada. Infelizmente este tipo de pensamento faz muitas mães se sentirem constrangidas."

Hora do Mamaço em Ananindeua e Belém

Para dar voz à luta pelo aleitamento materno, grupos promovem a Hora do Mamaço, em alusão a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM), com o objetivo de reunir mães e filhos, e sua rede de apoio em um espaço público para uma roda de conversa coletiva.

Em Ananindeua, o ato está marcado para este sábado (5), às 9h, no Parque do Seringal, localizado na Cidade Nova VIII.

Em Belém, a Hora do Mamaço está programada para domingo (6), ás 9h, na Praça do Horto Municipal, no bairro Batista Campos.

Amamentação, compartilhamento de informações e experiências, ampliar as redes de apoio, além de amamentar os seus filhos coletivamente estão entre os temas da programação. Confira:

Mães têm dado mais importância à amamentação

Uma pesquisa global realizada pela Lansinoh Laboratórios, realizada entre os meses de março e maio deste ano, apontou que 94,2% das brasileiras se sentiriam culpados, caso não amamentassem os seus bebês.

Os dados comprovam a importância que as mães têm dado à amamentação, ao ressaltar que 97,4% das brasileiras entrevistadas na pesquisa compreendem que o aleitamento é a melhor forma de nutrir uma criança no começo da vida.

Seja pelo acesso à informação ou por uma assistência maior que as mães têm recebido houve uma mudança na quantidade de mulheres que alimentam seus filhos no peito.

Um estudo feito por brasileiros e publicado em 2016 na revista The Lancet, renomada publicação científica inglesa, mostrou que, na década de 1980, apenas 2% das crianças brasileiras até 6 meses de idade recebiam exclusivamente o leite materno; já em 2006, o índice tinha subido para 39%.

Veja também:

(Andressa Ferreira/DOL)

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