Secador de mãos pode espalhar H1N1

As máquinas de ar quente colocadas em banheiros públicos para secar as mãos parecem ser uma alternativa sustentável, já que há economia de papel toalha, mas infelizmente há fatores que não ajudam para que essa seja realmente uma boa alternativa.

Um estudo da Universidade de Westminste, na Inglaterra mostrou que no quesito higiene, os secadores estão bem atrás, pois eles espalham 1.300 vezes mais bactérias que as toalhas de papel descartáveis.

Durante um experimento, os participantes usavam luvas e, com elas, passavam nas mãos uma solução líquida que tinha o vírus MS2.

Após o teste de diferentes métodos de secagem, com toalhas de papel, máquinas de ar quente as tradicionais que tem em rodoviária e parecem demorar muito para secar as mãos e secadores com jatos de ar, como a Air Blade, da empresa Dyson. Neste tipo, o usuário coloca as mãos dentro do aparelho e o impacto do ar é muito mais intenso.

Quem usou a toalha espalhou vírus até 25 cm ao redor de onde estava. As máquinas de ar quente atiraram o vírus a 75 cm de distância.

Já as máquinas de jatos de ar eram lançadores de microrganismos, espalhando o vírus por 3 metros, além de contaminar uma área maior, a máquina de jato de ar também espalha maior quantidade de vírus.

Em 2005, outra pesquisa disse que as toalhas de papel diminuíam em 24% a quantidade de bactéria na pele, enquanto os jatos de ar aumentavam em 117% o número de microrganismos.

O problema é que o estudo foi encomendado pela associação alemã da indústria de papel,logo, havia um incentivo para que o estudo falasse bem das toalhas de papel, e criticasse suas concorrentes, as máquinas.

A Dyson alegou que a Air Blade filtra 99,9% das bactérias do ar que sai dela. Daí, o problema deixa de ser da máquina e passa a ser seu: o ar que sai dali pode estar limpo, mas se as suas mãos não estiverem bem lavadas, os germes são espalhados do mesmo jeito, o que pode transmitir pneumonia e gripes como H1N1.

(Com informações do Exame)