Dor de cabeça: de qual tipo é a sua?

Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, cerca de 13 milhões de brasileiros sentem dor de cabeça todos os dias. De lado, na nuca, na testa... são mais de 150 tipos de dor de cabeça. A mais famosa, a enxaqueca, é disparada pelo consumo de alguns alimentos. Saiba mais sobre essa dor que pode atrapalhar e muito a nossa rotina.

ENXAQUECA - Doença crônica que afeta 20% das mulheres, ela é a mais famosa entre as dores de cabeça e atrapalha a vida e se caracteriza por crises repetidas de dor de cabeça. A herança genética é apontada como principal responsável. Ela ataca apenas um dos lados da cabeça e está frequentemente associada a náusea, vômitos e sensibilidade a luz e sons. Pode durar três dias ou mais e, em geral, enjoo e sensibilidade à luz também aparecem. E ainda tem a tal aura, quando pontinhos cintilantes e imagens em zigue-zague surgem pelo mau funcionamento do cérebro. Ela costuma incomodar por períodos de cinco minutos a uma hora e aparece antes das crises. Estresse, sono prolongado, jejum, traumas cranianos, ingestão de certos alimentos, como chocolate, leite, laranja ou comidas gordurosas, uso de medicamentos vasodilatadores, exposição a ruídos altos, odores fortes e a queda dos níveis hormonais que ocorre antes da menstruação são alguns fatores que desencadeiam a enxaqueca.

Tratamento - As crises leves se resolvem com sono e repouso. Já as moderadas e graves são tratadas com medicamento, às vezes até preventivos.

BATATA NA TESTA - Quem diria... o truque da época das vovós pode sim, ajudar! O contato das rodelas frias com a cabeça bloqueia o estímulo dolorido. É que o toque do vegetal provoca um tipo de competição nas vias nervosas que propagam a dor. A sensação gelada vence a dolorosa, ou seja, ela consegue chegar primeiro ao cérebro.

CEFALÉIA TENSIONAL - É bastante comum, mas a dor não costuma ser muito intensa. Estima-se que 86% das mulheres tenham esse tipo de dor que é provocada pela tensão muscular ou problemas de fluxo sanguíneo. Nela, existe uma sensação de aperto, pressão ou peso. A parte de trás da cabeça costuma concentrar a dor. Ela está associada a ansiedade, depressão, alterações emocionais, estresse e tensão. A correria do dia a dia e até uma noite maldormida podem desencadear uma crise.

Tratamento - Normalmente são indicados analgésicos comuns ou anti-inflamatórios, conforme o caso. Para a forma crônica são utilizados medicamentos preventivos.

CEFALÉIAS EM SALVAS - Ainda não se sabe exatamente por quais razões ela é desencadeada. Acredita-se que tenha origem no hipotálamo, região do cérebro responsável por mecanismos vitais, como o controle do sono. Não é tão comum e os homens são os mais afetados. A dor é intensa em um dos lados da cabeça, geralmente no fundo dos olhos. A crise, que normalmente ocorre à noite, dura até três horas e pode ser acompanhada de lacrimejamento, congestão nasal e queda da pálpebra. É uma dor bastante forte, que surge de maneira repentina, sem apresentar sinais, e que incapacita a pessoa.

Tratamento - Remédios preventivos. Na crise, os médicos indicam sublinguais, injetáveis e até o uso de oxigênio.

DOR DE FOME - Trata-se de um incômodo bastante sutil, mas persistente. Causa - A queda do nível de açúcar no sangue, comum quando se pula refeições, tende a deixar o cérebro faminto de glicose, provocando dor.Combate - Coma de três em três horas, beba muito líquido e pratique uma atividade física regularmente.

A DOR COMO SINTOMA - Além dos tipos anteriores, chamados cefaleias primárias, existem as cefaleias secundárias, que ocorrem quando a dor de cabeça é sintoma de uma doença ou problema, como meningite, tumores, ressaca alcoólica e febres causadas por gripes. Aqui vão alguns sinais de que a sua dor de cabeça pode ser parte de outro problema maior:

-É a primeira ou a pior dor de cabeça da vida;

-Há mudanças de características da dor já existente;

-É uma dor que progride em intensidade e frequência rapidamente;

-Só ocorre durante tosse, atividade sexual ou esforço físico;

-Vem acompanhada de febre, rigidez na nuca, convulsões, desequilíbrio.

(DOL com informações dos sites Saúde e M de Mulher)