Engolir esperma faz mal? Engorda? Tire suas dúvidas!

Quando o assunto é sexo, o esperma é um ponto que sempre gera polêmica e dúvida. Tem gente que sente nojo ou medo de pegar uma doença, mas há quem sinta prazer e até acredite que faça bem para a saúde. As informações são do UOL.

Mas, afinal, engolir esperma faz mal? Engorda? Dá para melhorar o gosto e o cheiro? Daniel Suslik Zylbersztejn, médico do Departamento de Sexualidade e Reprodução da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) explica que o esperma (ou sêmen) por si só não oferece risco, assim como não há comprovação científica de que traga algum benefício.

Ainda de acordo com o médico, o líquido é composto por uma série de substâncias, como proteína, frutose, vitaminas e minerais, além do espermatozoide, e nenhuma delas é prejudicial.

No entanto, segundo Daniel, "o problema se dá quando o homem está infectado com alguma IST (infecção sexualmente transmissível)". Neste caso, se a outra pessoa tiver uma lesão ou mesmo uma microfissura na boca ou na orofaringe, ao engolir o esperma - ou apenas ficar com ele na boca -, fica suscetível a contrair enfermidades como HPV, sífilis, clamídia e gonorreia.

Alex Meller, professor da disciplina de Urologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e membro do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) alerta que "qualquer tipo de relação sexual pode transmitir doenças, e com a oral não é diferente".

Esperma engorda?

Muita gente acha que vai engordar se engolir esperma, pelo fato de o sêmen conter frutose (açúcar), mas, segundo Zylbersztejn, "ele até tem um pouco de caloria, só que a quantidade que será consumida é tão pequena que não será suficiente para ganhar uns quilos".

Segundo estudos, em um orgasmo, o homem ejacula o equivalente a uma colher de chá (entre 2 ml e 5 ml), e esse volume tem cerca de 10 calorias apenas.

Dá para melhorar o gosto e o cheiro do esperma?

Sabia que é possível melhorar o gosto e o cheiro do esperma? Pelo menos é o que garante os especialistas. Segundo eles, basta fazer algumas alterações nos hábitos alimentares.

A dica é evitar, por exemplo, o consumo exagerado e recorrente de alho, corantes, frituras, álcool, cafeína e produtos picantes, condimentados e amargos.

Outra sugestão é acrescentar na dieta alimentos como canela, gengibre e frutas, sobretudo abacaxi. Segundo os especialistas, tanto o sabor quanto o odor do líquido ficam mais leves e até mesmo adocicados.