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SAÚDE

Câncer de pele: o mais comum e mais negligenciado dos cânceres

A cada quatro casos de câncer no Brasil, um é de pele. É o tipo de câncer de maior incidência no mundo todo e é também o mais negligenciado, o tipo de câncer com o qual o brasileiro tem menos cuidado. Por isso, neste Dezembro Laranja, os objetivos da camp

Imagem ilustrativa da notícia Câncer de pele: o mais comum e mais negligenciado dos cânceres

A cada quatro casos de câncer no Brasil, um é de pele. É o tipo de câncer de maior incidência no mundo todo e é também o mais negligenciado, o tipo de câncer com o qual o brasileiro tem menos cuidado. Por isso, neste Dezembro Laranja, os objetivos da campanha encabeçada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia são conscientizar a população sobre a prevenção desde a infância e alertar sobre os sinais do câncer de pele para aumentar as chances de se obter o diagnóstico e tratamento precoces.

De acordo com o INCA, são registrados aproximadamente 180 mil novos casos de câncer de pele, anualmente, no Brasil. Isso representa mais de 30% de todos os casos de câncer no País. E por que as pessoas não têm com o câncer de pele a mesma preocupação que têm com o câncer de mama ou de próstata, por exemplo? Uma das razões é que as campanhas Outubro Rosa e Novembro Azul, que propagam informações sobre prevenção dos cânceres de mama e próstata, respectivamente, já estão bem consolidadas e apresentam bons resultados. O movimento Dezembro Laranja é mais recente e menos conhecido.

A oncologista clínica Paula Sampaio.
📷 A oncologista clínica Paula Sampaio. |Arquivo Pessoal

Muitas mulheres já sabem que a partir dos 40 anos precisam consultar o especialista e fazer a mamografia, anualmente. Muitos homens também já conhecem as medidas de rastreamento do câncer de próstata. Mas quase ninguém lembra da importância de ir ao dermatologista pelo menos uma vez por ano. O exame clínico feito por um especialista é muito importante para se conseguir o diagnóstico precoce, que assegura 90% de chances de cura, mesmo do tipo mais grave de câncer de pele, que é o melanoma.

Para evitar que a doença apareça é preciso adotar medidas fotoprotetoras, como evitar o sol entre 10 da manhã e 4 da tarde, usar protetor solar todos os dias, usar chapéus e roupas que protejam dos raios solares, guarda sol e óculos. Poucos se preocupam com a incidência dos raios do sol na pele, que é o maior órgão do corpo humano. “Filtro solar é essencial para pessoas de pele clara, principalmente, mas as pessoas de pele mais escura devem se proteger também”, explica a oncologista clínica Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico.

Segundo uma pesquisa feita em 2018 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a exposição ao sol de forma inadequada faz parte dos hábitos diários de uma grande parcela da população brasileira. São 106 milhões de brasileiros que se expõem ao sol de maneira intencional nas atividades de lazer. E ainda, 95 milhões de pessoas no País não se protegem do sol de maneira regular.

Regra do ABCDE - Assim como pegar sol com proteção, o autoexame da pele também deve fazer parte da nossa rotina. Em frente ao espelho, é importante observar se não há pintas, manchas ou sinais no corpo que estão se modificando. Machucados na superfície na pele que não cicatrizam ou sangram com facilidade também são sinais de que você deve procurar um dermatologista.

Para ajudar o leigo com o autoexame, os dermatologistas utilizam as 5 primeiras letras do alfabeto. “A” de Assimetria. Se você tem uma pinta, um sinal na pele de formato irregular isso deve chamar sua atenção. A letra “B” lembra que pintas com Bordas irregulares também são sinal de preocupação. A letra “C” lembra que se a Cor daquele seu sinal se modificar ou se tiver mais de uma cor, é um alerta. O “D” é de Diâmetro. Se ele aumentar, é um aviso para procurar o médico. Finalmente, a letra “E”, de Evolução. Observando mudanças, evoluções nesses aspectos representados pelas letras ABCDE, procure o especialista. Essa atitude pode assegurar o diagnóstico do câncer de pele logo no começo.

Câncer de Pele - esse tipo de câncer resulta de um crescimento anormal e descontrolado de células da pele. Existem dois tipos de câncer de pele, os não melanomas e os melanomas. Os não melanomas representam 94% do total dos casos de câncer de pele e os dois tipos mais comuns são o basocelular (carcinoma de células basais) e o espinocelular (carcinoma de células escamosas). Ambos acontecem quando há exposição crônica ao sol e atingem mais pessoas de pele e olhos claros e adultos acima de 40. “O câncer de pele do tipo não melanoma tem uma incidência alta, mas se tratado precocemente o percentual de cura também é alto” explica a oncologista. Ela alerta ainda que a maioria dos tumores de pele são benignos. “Mas mesmo quando benignos, servem como um sinal de preocupação e devem ser tratados pot um especialista”, acrescenta.

Já o melanoma é um tipo menos frequente, tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. “A gravidade do melanoma se dá quando acontece o diagnóstico tardio. Se descoberto no início, há mais de 90% de chances de cura”, destaca a oncologista clínica Paula Sampaio.

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