Até quando “aumentar” as informações do currículo enviado para uma vaga de trabalho pode prejudicar o candidato? Essas perguntas vieram à tona com a situação vivida pelo já ex-ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli ter apresentado um currículo falso no que se refere à títulos e formação. E uma pesquisa mostra que três em cada quatro candidatos costumam mentir no documento profissional apresentado.
Os dados são de uma pesquisa divulgada pela DNA Outplacent, no ano passado. Para o trainee de Recursos Humanos Thallys Ferreira, mentir no currículo é grave e pode ser considerado um crime de falsidade ideológica – principalmente se a mentira vier acompanhada em fraudes em documentos públicos. Ser coerente e honesto ajuda a manter o nome limpo para qualquer referência pessoal e profissional. “Toda vez que você se passa por alguém que você não é, você não deixa de cometer uma falsidade ideológica”, reforça o gestor.
“O currículo é um documento pessoal, claro que mentir nele é menos agravante que fraudar um documento, mas não exime o candidato da responsabilidade com as informações prestadas”, reitera. Thallys confirma a pesquisa que aponta que 75% dos candidatos a uma vaga de trabalho colocam inverdades no currículo. Informações falsas que podem indicar valores errados de remunerações anteriores, curso de línguas e até de escolaridade. “O que o candidato coloca ali ele vai ser cobrado no mercado. Se ele usar o nome de outras instituições, ele pode responder por danos”, orienta.
CURSOS
Ele deixa como principal orientação enxugar as informações e colocar somente informações verdadeiras. “Uma dúvida que surge e é comum vem de pessoas que estão fazendo um curso, uma especialização, e não sabem como dizer isso no currículo. É importante colocar e informar o período previsto para a conclusão”, sugeriu Thallys. “Agora se pôr algum motivo abandonou ou parou o curso é melhor não colocar”, acrescentou.
Thallys Ferreira considera o currículo uma carta de apresentação dos candidatos. As informações contidas no documento serão critérios para o recrutamento e possivelmente testes de seleção. “O candidato não vai ser avaliado somente durante a seleção, mas quando assumir o posto de tradição. A empresa vai cobrar dele o conhecimento daquilo que ele se diz formado”, pontuou.
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