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CÍRIO DE NAZARÉ

Caminhando ou pedalando, romeiros já saem de vários municípios paraenses rumo a Belém

As peregrinações religiosas são jornadas geralmente de longas caminhadas realizadas por devotos a um lugar considerado sagrado. No Círio de Nossa Senhora de Nazaré não é diferente. As peregrinações rumo à Basílica Santuário, em Belém, são consideradas tra

As peregrinações religiosas são jornadas geralmente de longas caminhadas realizadas por devotos a um lugar considerado sagrado. No Círio de Nossa Senhora de Nazaré não é diferente. As peregrinações rumo à Basílica Santuário, em Belém, são consideradas tradicionais no Círio. Os devotos são oriundos de diversos municípios como Bragança, Castanhal, Nova Timboteua e São Miguel do Guamá.

Em Castanhal, um grupo se reúne para a caminhada há 39 anos e atualmente reúne entre 800 e 1.000 romeiros que caminham durante 24h, da Igreja Matriz de Castanhal até a Basílica Santuário de Nazaré. Este ano, os romeiros da cidade devem sair na manhã desta quarta-feira (10). A caminhada é longa e exaustiva, mas para auxiliar estes peregrinos, são formados outros grupos como o do Terço dos Homens de Castanhal que há 8 anos presta apoio.

Pouco se sabe quando essas caminhadas começaram, mas alguns personagens são apontados como possíveis pioneiros deste costume, como explica o empresário Renato Rolden, fundador do Terço dos Homens. “Não tenho certeza de como começaram as peregrinações até Belém, mas havia uma pessoa bem conhecida no município chamada de Zé Bode. Todos os anos, na semana do Círio, ele caminhava até Belém com uma cruz de madeira. A cada ano ele aumentava em 1kg o peso do objeto e as pessoas começaram a se mobilizar para ajudar e acompanhar ele na jornada e também prestar suas homenagens à Virgem de Nazaré. Ela havia alcançado uma graça de saúde para seu pai”, lembra.

Os grupos de apoio visam garantir que os devotos cumpram seus compromissos na caminhada com atendimentos de saúde e outros tipos de apoio, como explica Renato. “O apoio é formado por aproximadamente 30 pessoas que prestam auxílio de saúde, ajudam na alimentação básica, primeiros socorros, orações e outros tipos de incentivo”.

APOIO

Romeiros saem de vários municípios do Pará. No trajeto e na capital recebem muitas manifestações de solidariedade (Foto: Cezar Magalhães/Arquivo)

Mas o apoio não vem só do grupo do Terço dos Homens. Segundo Renato, várias pessoas de cidades percorridas prestam algum tipo de auxílio. “As pessoas de algumas cidades já sabem o dia em que vamos passar. Elas já aguardam com água, massagem, alimentos e outros tipos de apoio. É muito bonito ver essa solidariedade ao longo do caminho”, afirma Renato.

O universitário Diego Monteiro, 25 anos, mora no município de Nova Timboteua e há 8 anos faz parte de um grupo de 50 ciclistas da cidade que percorre aproximadamente 185 km até a Basílica Santuário como forma de prestar homenagens à Virgem de Nazaré. Ele conta que os grupos se preparam fisicamente bem antes de outubro.

“Saímos daqui por volta das 18h, da sexta que antecede o Círio e chegamos na Basílica por volta das 5h do sábado, véspera do Círio. Mas, para isso, nos preparamos durante o ano todo indo de bike até outros municípios. Na sexta, no dia da saída, nem vamos trabalhar. Ficamos em casa descansando e também preparando a alimentação para a jornada”, detalha Diego.

Sobre o sentimento de participar desta peregrinação ele diz que, se para muitas pessoas parece sacrifício, para ele é o mínimo que pode fazer para demonstrar sua fé. “Passamos o ano inteiro nos ocupando com outras coisas, então esse ato é mínimo. Acho muito gratificante tirar um tempinho para agradecer à Mãe por tantas graças alcançadas ao longo do ano. Não vejo sacrifício”, relata.


Romeiros são acolhidos na Casa de Plácido

Depois de horas de caminhada, os romeiros são acolhidos na Casa de Plácido, pela Pastoral da Acolhida da Paróquia de Nazaré. O espaço funciona no Centro Social de Nazaré e presta serviços de primeiros socorros, massagem, lava pés, alimentação e ainda momentos de espiritualidade.

O coordenador da pastoral, João Rodrigues, diz que para 2018 são esperados mais romeiros do que no ano passado. “Estamos trabalhando com a ideia de que deveremos realizar aproximadamente 65 mil atendimentos no espaço este ano. Em 2017, contabilizamos 58 mil”.

A Casa de Plácido estará aberta a partir do próximo dia 10, para receber os romeiros. Segundo a Pastoral da Acolhida, 1.274 voluntários devem atuar divididos nas equipes de acolhimento, limpeza, almoxarifado, saúde, massagem, lava pés, cozinha, ministério musical, liturgia, secretaria. A Casa de Plácido ficará aberta de 10 a 13/10, 24h. Mas retorna seus atendimentos no dia 16, para receber outras caravanas.

SERVIÇO

A Casa de Plácido está precisando de doações para o atendimento deste ano de materiais como alimentos e principalmente material de limpeza e descartáveis. As doações podem ser entregues nos postos de coleta da Basílica ou o de dentro da área do arraial. Mais informações: 981877166.

(Josiele Soeiro/Diário do Pará)

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