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CÍRIO DE NAZARÉ

Importância histórica do manto no Círio está em exposição

Com a intenção de resgatar a história da maior manifestação religiosa paraense, o Banco da Amazônia abre hoje a exposição “Círio de Nazaré de Belém do Pará: Patrimônio Cultural da Humanidade”, que vai mostrar 17 réplicas e três mantos originais produzidos

Com a intenção de resgatar a história da maior manifestação religiosa paraense, o Banco da Amazônia abre hoje a exposição “Círio de Nazaré de Belém do Pará: Patrimônio Cultural da Humanidade”, que vai mostrar 17 réplicas e três mantos originais produzidos para a Imagem Peregrina, criados por Esther Paes França, Maria Alice Penna e Paula Novelino de Castro. A abertura ocorre hoje, às 18h30, no Espaço Cultural da instituição. A curadoria é de Darcilene Batista Costa, que ainda agrega a esta montagem fotografias e objetos que retratam o clima das procissões.

“Nós fizemos contato com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan para estudar este acervo que está exposto, fazer catalogação, um estudo antropológico mais consistente”, destaca a curadora. Segundo a narrativa histórica, a Imagem já estava com um manto quando foi encontrada pelo caboclo Plácido, algo que foi mantido, sendo que a confecção dos primeiros mantos para a Imagem Peregrina são atribuídas à irmã Alexandra, da Congregação das Filhas de Sant’Ana, do Colégio Gentil Bittencourt, até sua morte, em 1973. Depois disso, quem assumiu a missão foi a ex-aluna e ajudante, Esther Paes França, que já assinou 19 peças.

“O acervo que apresentamos na exposição veio do Museu do Colégio Gentil. Na montagem, temos pesquisas estudando as irmãs Filhas de Sant’Ana para tentar amarrar essa linha do tempo da confecção dos mantos, entendendo que dos primeiros não se tem uma consistência histórica. Mostramos também que a Esther não bordava só mantos, mas toda a veste dos padres, dos bispos, então existe uma riqueza de material que as pessoas poderão ver na exposição”, diz Darcilene.

Muitas das peças da mostra foram pensadas para serem tocadas (Divulgação)

Exposição no Banco da Amazônia tem acessibilidade assegurada

Um encontro de imagens de Nossa Senhora de Nazaré poderá ser visto na exposição “Só Nazica”, que abre amanhã, às 19h, na Casa das Onze Janelas, em Belém. A mostra é uma realização do Comitê Arte Pela Vida e traz imagens da santa em gesso de 30 cm, cada uma recebendo traços de diversos artistas convidados para compor a mostra. Realizada bienalmente, a renda da exposição é destinada ao Natal das Pessoas Vivendo com HIV- Aids (PVHA) cadastradas na Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas Parasitárias Especiais (Uredipe) da capital.

Entre os artistas convidados estão Andreia Ferreira, Armando Sobral, Berna Reale, Bia Cabral, Cláudia Ribeiro, Drika Chagas, Eliene Tenório, Emanoel Franco, Geraldo Teixeira, Haroldo Cândido, Joao Cirilo, Jorge Eiró, Josinaldo Vale, Kátia Fagundes, Lise Lobato, Lúcia Gomes, Marcos Ramos, Mariléia Aguiar, Melissa Barbery, Milton Soeiro, Nina Matos, Nio Dias, Oneno, Paulo Souza, PP Condurú, Roberta Carvalho, Ruma, Tadeu Lobato, Vera Ano Bom e Zezé Valle. “Quero me aliar a essa frente e fico feliz ao saber que meu trabalho tem uma finalidade social também”, celebra Ruma, que participa do evento desde 2011.

“O Círio é uma manifestação inexplicável e todos os participantes foram envolvidos em uma corrente de solidariedade que é a tônica do Comitê Arte pela Vida”, diz Milton Soeiro, artista e curador da mostra.

Lise Lobato, quando viu a imagem - uma peça em gesso sem cor -, logo associou à sua pesquisa de monocromia em branco, em que explora volumes e formas. “O meu olhar já vem com isso, de pensar essa ausência de cor. Passei apenas uma camada de tinta para manter o gesso e fiz adornos com essas pérolas, as gotas em volta dos tecidos transparentes, como uma espécie de véu, que deixa um aspecto leve”, descreve.

A escolha pelo branco sobre o branco já é antiga e tem origem nas raízes de Lise Lobato. Criada no Marajó, ela observou como as cerâmicas marajoaras têm uma cor semelhante, já que as cores foram subtraídas com o passar do tempo.

“Não preciso usar cor quando a técnica e a forma já respondem. A cor, para mim, é o de menos, não gosto do colorido. Gosto do branco e seus volumes e relevos, observando a luz e a sombra, percebendo devagar essa monocromia que te chama a atenção e que possibilita ver os detalhes da forma”, explica a artista, que participa do evento pela segunda vez.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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