Familiares de pessoas com autismo ocuparam a Praça Batista Campos, em Belém, na manhã de ontem, para reivindicar atendimento de qualidade aos pacientes com o transtorno, durante o Manifesto pelo Respeito Azul. Segundo o presidente da Casa do Autista, Marcelo Silva, o ato teve como objetivo apoiar a ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o Governo do Estado e a Prefeitura de Belém. O MPF exige o cumprimento da legislação de 2012, que obriga estados e municípios a garantirem atenção básica aos autistas.
“Essa legislação não é aplicada corretamente. Há apenas ações pontuais que não garantem o mínimo para o atendimento”, diz Marcelo Silva. A dona de casa, Débora Rodrigues, 39, sabe bem as dificuldades do tratamento. O filho mais velho, Kairos Rodrigues, de 6 anos, é portador do grau severo da síndrome. Débora procurou tratamento pelo SUS, mas passou 5 anos na lista de espera. Há um ano, a criança é atendida pela Casa do Autismo, entidade particular. “Se estivesse sendo acompanhado desde o início, meu filho estaria mais evoluído”, lamenta Débora.
GRANDE BELÉM
Na Grande Belém, estima-se 10 mil pessoas com autismo. Os manifestantes pedem a criação de centros especializados.
PARA ENTENDER: O QUE É AUTISMO?
O autismo é um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação social da pessoa.
(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)
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