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CÍRIO DE NAZARÉ

Às margens do igarapé, onde tudo começou...

As referências à origem do Círio remetem ao aparecimento da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, achada pelo caboclo Plácido José de Souza. Plácido era agricultor e caçador e possuía um sítio na estrada do Maranhão (atual Bairro de Nazaré). Os livros contam

As referências à origem do Círio remetem ao aparecimento da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, achada pelo caboclo Plácido José de Souza. Plácido era agricultor e caçador e possuía um sítio na estrada do Maranhão (atual Bairro de Nazaré). Os livros contam que, num certo dia de outubro de 1700, Plácido saiu para caçar na região do igarapé Murutucu - onde hoje foi erguida a Basílica. Depois de muito caminhar pela mata, parou para se refrescar nas águas do igarapé e encontrou a imagem de Nossa Senhora entre as pedras.

Católico fervoroso, Plácido levou a santa para o barraco onde morava e ali, em um altar humilde, passou a venerar a imagem. A casa de Plácido tornou-se lugar de culto a Nossa Senhora. A cada dia, a história diz que aumentavam os milagres da santa e, proporcionalmente, muitos devotos iam rezar, pagar promessas e agradecer os milagres alcançados. A lenda conta que no dia seguinte àquele em que foi encontrada, a imagem não amanheceu no altar da casa dele.

Para sua surpresa, a imagem estava novamente entre as pedras. Quando retirada do seu local de origem, a santa teria voltado para o mesmo lugar. O governador da época ordenou então que se levasse a imagem para o Palácio do Governo, onde ficou sob intensa vigilância. Pela manhã, contudo, o altar estava vazio. Impressionados com o milagre, os devotos concluíram que Nossa Senhora queria ficar às margens do igarapé.

MILAGRES

E ali foi onde construíram uma ermida. Com o passar do tempo, o lugar atraía à cidade gente de vários lugarejos do interior. Depois de um longo processo de reconhecimento dos milagres da santa e da devoção local por parte da igreja, em setembro de 1790, foi autorizada, pelo Vaticano, uma homenagem à santa.

Foi então que o governador Francisco Coutinho pensou em fazer uma procissão pela cidade. Dias antes da romaria, o governador adoeceu e prometeu que, caso se recuperasse, ele mesmo levaria a imagem até a capela do Palácio. Ele cumpriu sua promessa e, no 8 de setembro de 1793, a Virgem chegou ao Palácio. Ao amanhecer, a população de Belém celebrava o primeiro Círio de Nossa Senhora de Nazaré.

Imagem peregrina é diferente da santa original


A partir de 1969, por motivos de segurança, a imagem autêntica que era levada nas procissões do Círio foi substituída por outra, cópia alterada da imagem encontrada por Plácido. É chamada de “imagem peregrina” porque sai em todas as procissões e cerimônias oficiais da festa Nazarena . Durante o ano, ela fica na sacristia da Basílica Santuário.

Esta imagem foi encomendada ao escultor italiano Giacomo Mussner, mas não reproduz os mesmos traços da imagem “autêntica”. A imagem peregrina é maior, com quase 40 cm, e ganhou traços da mulher da Amazônia e o seu menino recebeu características indígenas e caboclas. Em 2002, sofreu o primeiro restauro por meio de uma técnica empregada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

(Luiz Flávio/Diário do Pará)

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