Apesar de pesquisa do Dieese apontar que 97% dos romeiros eram contrários ao corte antecipado da corda, ele ocorreu ainda mais cedo do que na procissão de 2014. A Imagem Peregrina mal acabava de receber as últimas homenagens na avenida Presidente Vargas quando romeiros já começavam a se movimentar para cortar a corda para si. E foi assim, enquanto a Berlinda passava ainda no início da avenida Nazaré, por volta das 9h45, que a disputa por um pedaço iniciou na quinta estação. “Ainda antes de começar a procissão teve um cara que foi pego com uma faca de cozinha. Imagina aquele negócio, correndo o risco de furar alguém”, contou Luzia Almeida, 32, que ia na corda com a irmã e uma prima.
RISCOS
A polícia teve que intervir várias vezes para tentar conter pequenos grupos que disputavam partes da corda. Houve princípios de tumultos e romeiros que acompanham a procissão, se assustaram. Eram visíveis romeiros portando instrumentos cortantes. A PM conseguiu apreender apenas três facas. Ninguém foi preso. “Eu vi um cara ameaçar outro com uma faca, porque ele queria um pedaço maior do que o cara pegou. Não entendo como uma pessoa dessa vem para o Círio”, conta a irmã de Luzia, a professora Ângela Almeida, 35.
“Sou contra cortar a corda assim. Não entendo como ainda não criaram uma forma disso acabar. É um risco para as pessoas”, disse a aposentada Maria de Fátima Dias, 62.
(Laís Azevedo/Diário do Pará)
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