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PATRIMÔNIO

Círio: prédios do trajeto estão abandonados

Os milhares de turistas que se dirigirem à avenida Presidente Vargas com a intenção de acompanhar a passagem da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, no segundo domingo de outubro, poderão ver, também, exemplos de descaso com o patrimônio público.

Imagem ilustrativa da notícia Círio: prédios do trajeto estão abandonados camera Na esquina da rua Ó de Almeida com a avenida Presidente Vargas, prédio já foi todo depredado. | Irene Almeida/Diário do Pará

Os milhares de turistas que se dirigirem à avenida Presidente Vargas com a intenção de acompanhar a passagem da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, no segundo domingo de outubro, poderão ver, também, exemplos de descaso com o patrimônio público. Ao longo da avenida Presidente Vargas e no início da avenida Nazaré, duas das principais vias do trajeto, é possível encontrar prédios que estão sem uso há vários anos.

Encoberto por uma lona azul, o prédio de vários andares que pertence ao Ministério da Fazenda, onde funcionava a Receita Federal do Brasil (RFB), encontra-se interditado desde que cinco andares foram consumidos por um incêndio ocorrido ainda em agosto de 2012. Localizado na avenida Presidente Vargas, entre as ruas Municipalidade e Gaspar Viana, o prédio segue rodeado por tapumes.

Funcionário de uma banca de revistas localizada às proximidades do prédio, Bruno Azevedo, 39 anos, lembra até hoje do incêndio que consumiu parte da estrutura interna do edifício. “O fogo maior foi de madrugada, mas quando eu cheguei de manhã para trabalhar ainda estava queimando”, lembra. “Na época eu cheguei a pensar que em uns três anos já teriam resolvido isso aí, mas até agora nada”. Sete anos já se passaram e o prédio público continua sem destinação.

Mais à frente, ainda na Presidente Vargas, outro prédio público agoniza, abandonado. Sem que fosse guardado por qualquer vigilante na tarde da última segunda-feira (16), o prédio onde funcionava o antigo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), na esquina da rua Senador Manoel Barata, já se encontrava sem janelas e até mesmo sem a estrutura de ferro que identificava o nome do órgão público na fachada. “Depredaram todo esse prédio. Roubaram toda a estrutura de ferro para vender”, conta o taxista Marco Almeida, 54 anos. “É muito ruim para a gente ver um prédio que é público todo depredado desse jeito”.

Na parte térrea do edifício, as portas de metal foram soldadas para impedir a entrada de moradores de rua. Através de alguns buracos formados nos tijolos de vidro que compõem a fachada do prédio, o que se vê, na parte de dentro, também é o reflexo do abandono: lixo, forro caído e muita sujeira. “Dá uma tristeza ver um prédio desse nessas condições, abandonado”, avalia a servidora pública Roseane Silva, 45 anos. “Eu trabalho aqui próximo e nós já tivemos muitos problemas com pessoas que entram aí para fazer uso de drogas, roubar as peças de metal”.

Prefeitura

Seguindo o mesmo trajeto percorrido pelos fiéis no domingo do Círio, chega-se a outro prédio em situação de abandono. Localizado na esquina da rua Ó de Almeida, um prédio de quatro andares também evidencia, por suas janelas abertas, a ação de saqueadores: vidraças quebradas e nenhuma luminária ou lâmpada nos tetos. Igualmente sem qualquer destinação, o prédio que pertence à Prefeitura Municipal de Belém (PMB), segue interditado por tapumes azuis.

Em maio de 2012, o local chegou a ser invadido por integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), sendo desocupado em seguida pela Guarda Municipal de Belém. Na época, a PMB chegou a informar o DIÁRIO, através de nota, que no local iria funcionar a sede da Secretaria de Assuntos Jurídicos (Semaj), o que não se concretizou até hoje, sete anos depois.

Já no início da avenida Nazaré, na esquina com a travessa Doutor Moraes, o símbolo do descaso é o prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que sofreu um incêndio em agosto de 2010. Também cercado por tapumes, o prédio é mantido em vigilância por um segurança, porém, até hoje também não voltou a funcionar.

Respostas: Inss e prefeitura

A Gerência-Executiva do INSS informa que o prédio Costa e Silva atualmente é usado como almoxarifado, embora a previsão é de que até o final de 2019 o imóvel seja alienado. O mesmo destino será dado ao antigo prédio do INAMPS. “A Gerência do INSS Belém incluiu ambos os prédios no Plano Nacional de Desimobilização, em outubro do ano passado, e empenha esforços para a breve conclusão do processo de alienação”, afirmou.

A Prefeitura de Belém esclarece que o prédio citado não está abandonado. O local será a nova sede da Procuradoria Geral do Município (PGM), antiga Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos (Semaj)

Círio: prédios do trajeto estão abandonados
📷 |Divulgação
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