A escritora Clara Averbuck denunciou, nesta segunda-feira (28), um suposto estupro sofrido por ela e cometido por um motorista do Uber, em São Paulo. A postagem, feita no Facebook, já teve cerca de 650 compartilhamentos e quase 6 mil reações até a tarde de hoje.
Clara começa o relato afirmando que virou “estatística de novo” (referindo-se a uma situação de estupro sofrido durante a adolescência) e que “queria chamar [o ocorrido] de ‘tentativa de estupro’ mas foi estupro mesmo”.
A escritora ainda critica no texto a constante culpabilização da vítima da violência sexual. Ela admite que estava bêbada e ressalta que, em nenhuma hipótese, isso poderia servir de desculpa para o ocorrido.
“Tava bêbada? tava. f*da-se. não vou incorrer no mesmo erro de quando eu era adolescente e me culpar. fui violada de novo, violada porque sou mulher, violada porque estava vulnerável e mesmo que não estivesse poderia ter acontecido também”, escreveu Clara.
A postagem foi compartilhada por diversas mulheres e homens indignados com a situação de violência contra a mulher.
Veja o texto de Clara Averbuck.
UBER
O portal UOL procurou a empresa sobre o caso, que garantiu que o motorista não pode mais voltar a dirigir por meio do aplicativo.
"A Uber repudia qualquer tipo de violência contra mulheres. motorista parceiro está banido e estamos à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações. Acreditamos na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência contra a mulher", afirmou a Uber em comunicado oficial.
Com informações do UOL)
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