O Brasil tinha, em janeiro deste ano, uma das menores representações de mulheres no Poder Executivo no mundo. Dados divulgados nesta quarta-feira (15) pela ONU revelam que, de 186 governos avaliados, a administração do presidente Michel Temer ficou apenas na 167.ª posição.
Na frente do Brasil estão governos como o da Síria, do Kuwait, do Irã ou da Somália tinham em janeiro mais mulheres em postos ministeriais do que o Brasil, apesar de serem locais onde a situação feminina é denunciada pelas entidades de direitos humanos como “grave”.
Em fevereiro, quando o governo criou duas novas pastas, Temer empossou Luislinda Valois como ministra dos Direitos Humanos. A desembargadora aposentada comandava a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Justiça.
Governos como o da França, Canadá, Suécia, Bulgária e Eslovênia aparecem com mais de 50% de seus ministérios ocupados por mulheres. No caso latino-americano, Peru e Uruguai são os líderes, com mais de 35% dos postos ocupados por representantes do sexo feminino.
Em sua região, o Brasil é o pior colocado e, em todo o mundo, só tem mais mulheres no governo do que Paquistão, Arábia Saudita, Tonga e outros em que todo o gabinete é composto somente por homens.
Os dados revelam que, em 2014, 25,6% dos postos ministeriais eram ocupados por mulheres no Brasil. A taxa caiu para 15,4%, em 2015, e para apenas 4% neste ano. O índice brasileiro também está distante da média mundial, de 18,3%, e das Américas, de 25%.
(Com informações de Estadão)
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