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GOLPE

Pastor ora após lucrar R$ 10 milhões com esquema de pirâmide

Wallace Ovídeo da Silva é acusado de aplicar golpes da pirâmide financeira por meio de uma empresa de investimentos.

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Imagem ilustrativa da notícia Pastor ora após lucrar R$ 10 milhões com esquema de pirâmide camera Representação contra Wallace será encaminhada ao Ministério Público | Reprodução

O desejo de ganhar dinheiro fácil, sem sair de casa ou ter trabalho, torna a pessoa um alvo fácil para golpistas e estelionatários, que encantam as vítimas com a promessa do ganho de um bom rendimento mensal, além da possibilidade de conquistar uma fortuna por meio de um suposto investimento, que pode começar até com valores baixos. O esquema, na verdade, trata-se da pirâmide financeira.

Foi desta forma que o empresário e pastor Wallace Ovídio da Silva, 33, teria lucrado R$10 milhões com golpe da pirâmide invertida que, segundo a denúncia, vem sendo aplicado desde julho do ano passado e já fez vítimas em nove cidades brasileiras. A maioria no Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Muitas delas, acumularam dívidas na esperança de pagar os débitos com os rendimentos prometidos.

O acusado, até então, vive uma vida confortável, com viagens internacionais, e passou a virada de ano em Cachoeira de Macacu (RJ), junto de familiares e amigos. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostram Wallace rezando ao lado da esposa, Débora Gomes. Uma das vítimas diz que ele se apresenta como pastor e usa a religião para captar investidores para a empresa que está no nome dele, a Group Perfomance. Assista ao vídeo:

A empresa tem sede no Rio de Janeiro. Segundo a denúncia, havia a promessa de que os clientes teriam rentabilidade mensal fixa. Porém, as vítimas denunciam nunca terem recebido lucros das aplicações. De acordo com a representação que será enviada ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a Group Perfomance age na forma de associação criminosa, com colaboradores de confiança. Os funcionários captam recursos e iludem os investidores com altos rendimentos fixos.

No texto, uma das vítimas aponta que o golpe financeiro se trata de estelionato, crime contra a economia popular e lavagem de capital. Na representação ao MPRJ, outras cinco pessoas são citadas como colaboradoras do golpe, entre elas a esposa de Wallace, Débora. No documento, consta o nome de 49 vítimas.

Acusado de golpe da pirâmide é transferido para Belém

De acordo com a autora da denúncia, desde o primeiro suposto mês de rentabilidade, a empresa vem dando várias desculpas para o não cumprimento do contrato. A lesada alega que Wallace ganha a confiança, tornando-se amigo do investidor, e se mostra disposto a ajudar até mesmo com problemas pessoais.

Empresas na Europa

Conforme exposto na representação, o empresário, utilizando-se de outro negócio, chamado Invest Gold Brasil Ltda., acumula dois inquéritos policiais e processos criminais referentes ao mesmo tipo de crime, cometido em São Paulo, nos quais as vítimas tentam reaver os prejuízos desde 2019.

Após a repercussão negativa, o homem teria ido com a família para Portugal, onde abriu uma empresa com a esposa chamada Horizonte Mensageiro Ltda., e foi denunciado por um ex-funcionário, que percebeu que a captação de clientes se tratava de golpe.

Na denúncia, o até então empregado de Wallace, detalhou ainda que o empresário planejava abrir uma empresa na Ilha de Malta, porém a abertura não aconteceu.

De acordo com o texto, a esposa de Wallace, Débora Gomes, era sócia na empresa paulista, que foi aberta em abril de 2018. A companheira também é sócia do negócio atual com sede no RJ.

De volta ao Brasil

O proprietário abriu outra firma, a Group Performance, no Rio de Janeiro, em julho de 2021. De acordo com a denúncia, o negócio conta com franquia em São Paulo e em Balneário Camboriú (SC).

No site, a empresa de Wallace se apresenta como meio de educação financeira. “Para nós, valores como ética, inovação, responsabilidade social, lealdade, transparência e segurança são pilares essenciais para alavancar essa revolução”, diz texto disponível na página.

Para aqueles potenciais clientes sem dinheiro para investir, a empresa estaria induzindo a solicitação de empréstimos em agências bancárias, uma vez que a rentabilidade fixa, de até 10%, “cobriria a parcela da concessão e ainda sobraria uma quantia para o cliente”.

Para dar aparência de legalidade na empreitada criminosa, a representação cita que a empresa “envia e-mails, promove palestras, reuniões e, inclusive, com sorteios de prêmios valiosos, tentando passar uma imagem de grandeza, de idoneidade, de liquidez e de licitude de suas ações”.

No Facebook de Wallace, uma suposta vítima comentou em publicação do empresário cobrando o homem e o chamando de “pastor 171”, referência ao artigo 171. O crime citado diz respeito a obtenção para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício fraudulento.

Acusado é cobrado nas redes sociais.
📷 Acusado é cobrado nas redes sociais. |Reprodução/ Redes sociais

O acusado foi procurado pela reportagem do Metrópoles e negou as acusações. Respondeu que, em relação ao cumprimento do contrato com os clientes, “a questão já estava resolvida”. E, sobre os dois inquéritos, Wallace alegou não haver mais problemas com a Justiça. De acordo com ele, futuras manifestações serão transmitidas pelo advogado.

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