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SEM MÁSCARA

Bolsonaro zomba da pandemia em almoço com ruralistas

Maioria dos ruralistas também estava sem máscara, item que ajuda a impedir a contaminação pelo novo coronavírus

Imagem ilustrativa da notícia Bolsonaro zomba da pandemia em almoço com ruralistas camera Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro continua dando mau exemplo quando o assunto é uso de máscara, aglomeração e críticas ao isolamento social preconizado pelas autoridades de saúde mundo afora. Agora mais um episódio desses na agenda do presidente entra nesta lista.

Sem uso de máscara, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) novamente provocou aglomeração, desta vez durante um almoço com ruralistas em Brasília. O presidente visitou o CTG -Centro de Tradições Gaúchas, onde um grupo o recepcionou com duas panelas de risoto de carneiro.

Transmissão feita em rede social pelo deputado Vitor Hugo (PSL-GO) mostra Bolsonaro abraçando e cumprimentando os apoiadores, descumprindo regras sanitárias de combate à Covid-19. A maioria dos ruralistas também estava sem máscara, item que ajuda a impedir a contaminação pelo vírus.

O grupo do agronegócio programou uma manifestação à tarde na Esplanada dos Ministérios. O presidente prometeu comparecer ao local às 15h30, segundo anúncio feito por ele nas redes sociais. Mas desde o início da manhã, apoiadores de Bolsonaro se reuniram em frente ao Congresso para outra manifestação, chamada Marcha da Família Cristã pela Liberdade.

Vestidos de verde amarelo, eles carregaram bandeiras do Brasil e faixas a favor do voto impresso e contra o comunismo e o STF (Supremo Tribunal Federal). Em uma delas, os manifestantes defenderam que o presidente acione as Forças Armadas e pediram "prisão aos comunistas nos três Poderes e nos ministérios".

Os integrantes do protesto também carregaram cartazes nos quais dizem "autorizar" o presidente a fazer "o que for preciso". Nos carros de som, os manifestantes protestaram contra as medidas de isolamento, pediram o fim das restrições no comércio , criticaram o STF e a CPI da Covid.

PRESSÃO

As manifestações ocorrem em meio à pressão política que Bolsonaro vem sofrendo com os trabalhos da CPI da Covid e sua perda de aprovação popular e de espaço eleitoral para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reprovação do trabalho do presidente segue alta, embora tenha oscilado negativamente, dentro da margem de erro da pesquisa Datafolha divulgada nesta semana.

A pesquisa mostra grande rejeição ao desempenho de Bolsonaro na condução da pandemia, mas com pequenos sinais de melhora em sua imagem. Avaliam seu desempenho como sendo ruim ou péssimo neste tema 51% dos entrevistados, uma oscilação negativa de três pontos. Ainda assim, é uma rejeição 18 pontos percentuais maior do que a verificada no início da pandemia, em março do ano passado.

A pesquisa aponta Lula liderando a corrida eleitoral do próximo ano. Segundo o Datafolha, Lula tem 41% das intenções de voto no primeiro turno, contra 23% de Bolsonaro. No segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 55% a 32%, desempenho puxado sobretudo pelas intenções de voto no Nordeste. A pesquisa ainda apontou queda de popularidade do presidente.

ELEIÇÃO

Na sexta (14), Bolsonaro voltou a colocar o sistema eleitoral brasileiro em xeque, defendeu a aprovação do voto impresso e afirmou que Lula só ganhará as eleições de 2022 na base da fraude. "Um bandido foi posto em liberdade, foi tornado elegível, no meu entender, para ser presidente na fraude. Ele só ganha na fraude no ano que vem", disse Bolsonaro em Terenos (MS), onde participou de um ato para a entrega de títulos de posse de terra.

Um dia antes, Bolsonaro repetiu o que havia feito seu filho e senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), chamando o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), de vagabundo. "Sempre tem algum picareta, vagabundo, querendo atrapalhar. Se Jesus teve um traidor, temos um vagabundo inquirindo pessoas de bem no nosso país. É um crime o que vem acontecendo com essa CPI", disse o presidente em discurso no estado que é base eleitoral do senador Renan Calheiros.

CRIME SANITÁRIO

Conforme publicou o jornal "Folha de S.Paulo", técnicos e integrantes do grupo majoritário da CPI da Covid, formado por senadores independentes e oposicionistas, acreditam que já há elementos que levam à incriminação de Bolsonaro por crime sanitário, ou seja, contra a saúde pública.

Em seu relatório final, a comissão pode pedir a órgãos de investigação o indiciamento do mandatário por ilícitos que entendem que ele cometeu na gestão da pandemia. A existência de crime sanitário é uma das vertentes de investigação desse grupo majoritário da CPI. O principal objetivo dos depoimentos e da coleta de evidências daqui para frente será atestar que Bolsonaro também cometeu crime contra a vida.

Os senadores acreditam que os depoimentos prestados até o momento no âmbito da comissão confirmaram que Bolsonaro e seus comandados tinham real consciência do impacto da pandemia e que deveriam ter agido para minimizar os efeitos à população, incluindo uma mudança na conduta do próprio presidente.

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