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OPINIÃO

Quando acaba o nosso pesadelo?

Com a infeliz marca de 400 mil vidas perdidas atingida hoje, o Brasil mergulha no medo, na angústia e no desgaste de não ter uma resposta convincente para a pergunta que não se cala em todos os lares da nação.

Imagem ilustrativa da notícia Quando acaba o nosso pesadelo? camera ARTE/DESIGN DO DOL

Até as previsões mais pessimistas do começo da pandemia não dariam conta de que, mais de um ano e dois meses depois dos primeiros casos em território nacional, o país estaria vivendo um pesadelo da dimensão atual, em abril de 2021. Com a infeliz marca de 400 mil vidas perdidas atingida hoje, o Brasil mergulha no medo, na angústia e no desgaste de não ter uma resposta convincente para a pergunta que não se cala em todos os lares da nação: quando isso vai terminar?

Muito mais do que indicadores da crise sem precedente na saúde pública brasileira, os 400 mil mortos deixam espaços irreparáveis na vida das famílias atingidas pelo flagelo do coronavírus. Pais e mães, filhos e filhas, avôs, avós, tios, tias, amigos e amigas, todos os dias há notícias de luto por entes queridos ou conhecidos. Como um trator invisível, a doença mostra impressionante capacidade de mutação e ataque letal, nos levando à temerária conclusão sobre as ineficazes estratégias do Ministério da Saúde para combatê-la.

Triste marca: 400 mil mortos em 14 meses de pandemia
📷 Triste marca: 400 mil mortos em 14 meses de pandemia |REPRODUÇÃO: Amazônia Real

Com dificuldades para gerir o Sistema Único de Saúde, Unidades de Tratamento Intensivo lotadas e lentidão nas campanhas de vacinação, a palavra colapso entrou de vez para o vocabulário nacional. Com este pavor espalhado no ar, o brasileiro dorme e acorda atordoado, acreditando que, neste momento, a pior doença é mesmo ter nascido por essas bandas.

Entre mortos, sequelados e esperanças perdidas, o país mal tem tempo para chorar e contar seus mortos no placar da Covid-19. Entre desabafos nas redes sociais e péssimas notícias na imprensa, à população aponta com alguma certeza os culpados da tragédia, muitos já na mira de uma CPI recentemente instalada no Congresso Nacional. O que ninguém sabe precisamente, do crente ao ateu, do novo ao velho, é a resposta para outra incômoda pergunta: onde foi que erramos? As apostas são muitas. Nenhuma abarca a dor de enterrar 400 mil pessoas mortas em tão curto período de tempo pela mesma doença.

Leia também: Brasil ultrapassa a marca de 400 mil mortos por Covid-19

No início da tarde de hoje, o consórcio de veículos de imprensa formado por Folha, O Estado de S. Paulo, O Globo, G1, Extra e UOL registrava 400.021 mortes no país, com mais de 14,5 milhões de casos desde fevereiro de 2020. A marca veio 14 meses após a o primeiro caso da doença no Brasil e apenas 37 dias depois de registrar 300 mil óbitos.

É o segundo maior saldo absoluto de mortos no mundo, superado apenas pelos mais populosos Estados Unidos (574 mil), onde a epidemia já dá sinais de declínio.

Por Anderson Araújo - Jornalista e editor de conteúdo do Dol

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