O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já avisou a líderes partidários que eles terão dez dias para indicar membros da CPI da Covid. O prazo começará a partir da leitura do requerimento que cria a comissão, o que Pacheco disse que fará na sessão desta terça-feira (13), cumprindo a decisão do ministro Luís Roberto Barroso.
Na prática, o funcionamento pode demorar e ficar para o retorno dos trabalhos presenciais dos senadores, o que ainda não há data para ocorrer.
A comissão deve ser formada por 11 titulares e sete suplentes. Apesar de ser o foco inicial da investigação ser o governo do presidente Bolsonaro, a oposição terá apenas duas ou três cadeiras, conforme a distribuição das bancadas.
O Planalto, no entanto, age para indicar senadores mais alinhados. Além disso, quer adiar ao máximo o funcionamento do colegiado. Segundo fontes do Estadão/Broadcast, se os líderes não indicarem os membros no prazo, a escolha pode ser feita por Pacheco.
Ainda há a possibilidade de senadores retirarem suas assinaturas do pedido de CPI até a meia-noite de hoje.
A inclusão de prefeitos e governadores, conforme relatos feitos reservadamente, tem o potencial de anular os trabalhos da comissão no Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que o regimento do Senado não permite CPI para investigar governos locais.
Por isso, a estratégia de Bolsonaro para pressionar a ampliação para Estados e municípios é vista como tentativa para enterrar a CPI e fazer “do limão uma limonada”, conforme o chefe do Planalto admitiu em ligação divulgada pelo senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO).
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