Jair Bolsonaro falou sobre a situação de Manaus na noite desta quinta-feira (14). Em sua habitual live no Facebook, o presidente do Brasil voltou a afirmar que a vacina não é segura enquanto não for aprovada pela Anvisa, além de, junto com seu ministro da Saúde, Ricardo Pazuello, menosprezar o uso de máscara e o distanciamento social no combate ao vírus.
O presidente foi criticado por só falar sobre a situação da capital amazonense após 20 minutos de transmissão, dando uma série de declarações que contrariam as recomendações das autoridades mundiais de saúde, como o de costume.
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Bolsonaro alertou para “possíveis efeitos adversos” da vacina, mas fez propaganda da hidroxicloroquina – que não tem eficácia comprovada – no suposto “tratamento preventivo” do vírus
“Tem gente que está morrendo no canto do hospital, como se estivesse morrendo afogado. Imediatamente, as coisas são resolvidas”, disse ele, elogiando Pazuello.
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“Ninguém vai ser obrigado a tomar vacina. Não quer tomar, não tome. É um direito seu. Afinal de contas, é algo emergencial, não temos comprovação. Se fosse um remédio que não fizesse mal, comprovadamente não tivesse efeito colateral, nem assim eu ia obrigar a tomar. Quem dirá algo emergencial, que não é devidamente comprovado”, disse. “[...] Se eles [Anvisa] não certificam, vai que é uma coisa boa”, comentou o presidente sobre a necessidade de esperar a aprovação da Anvisa.
Logo em seguida, o ministro da Saúde questionou a eficácia do uso de máscaras e do isolamento social na prevenção do vírus. Pazuello disse que “estar de bem com a vida, alimentar-se bem e trabalhar”, aumentam a “imunidade” contra o vírus.
Sobre a gravidade da capital amazonense, cujo hospitais ficaram sem oxigênio hoje, Pazuello responsabilizou a umidade como um dos fatores para o colapso que o Amazonas está enfrentando.
“Já estamos no período chuvoso novamente no Amazonas, e no período chuvoso a umidade fica muito alta e você começa a ter complicações respiratórias. O outro fator é que Manaus não teve a efetiva ação no tratamento precoce com o diagnóstico clínico no atendimento básico e isso impactou muito a gravidade da doença. Por outro lado, a infraestrutura hospitalar de atendimento especializado é bastante reduzida em Manaus em termo de percentual, é um dos menores do País. Se juntar os dois fatores e colocar o clima, vai ter uma grande procura por tratamento especializado. Nesse modelo tem falta de recursos humanos e oxigênio”, disse, logo em seguida destacando que o ministério enviará seis aviões da FAB para levar oxigênio para abastecer a rede de saúde amazonense.
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