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Vacinas com eficácia menor que a da Coronavac controlam gripe e tuberculose

Apesar dos números parecerem baixos, para quem não conhece o assunto, substâncias com resultados menores que os apresentados da Coronavac controlam até doenças graves

Imagem ilustrativa da notícia Vacinas com eficácia menor que a da Coronavac controlam gripe e tuberculose camera Divulgação

Na terça-feira (13), o Instituto Butantan detalhou que a vacina Coronavac tem eficácia geral de 50,38% contra a covid-19. O número, à primeira vista, parece muito inferior aos 78% de prevenção em casos leves e 100% em pacientes moderados, graves ou mortos evitados pela vacina.

Essa porcentagem sobre a eficácia das substâncias também entrou nas rodas de conversas nos últimos dias. E muitos se questionam tal resultado, até por não ter conhecimento específico sobre o assunto.

Mas você sabia que vacinas com eficácia semelhante à da Coronavac controlam doenças como gripe e tuberculose?

Segundo o portal UOL, que ouviu especialistas, a eficiência de uma campanha de vacinação é calculada também levando em consideração aspectos do público-alvo e a cobertura vacinal alcançada. Resumindo, imunizar pessoas certas em um número suficiente para impedir a circulação do vírus.

“Nenhum vacina tem eficácia de 100%”, explica Isabella Ballalai, vice-presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações).

O Brasil já conseguiu erradicar ou reduzir o número de algumas doenças infecciosas graças às vacinas.

INFLUENZA

A vacina da influenza (gripe) que é dada anualmente a idosos e grupos prioritários possui uma eficácia menor que a da Coronavac. Elas previnem a gripe de cepas como a H1N1 e possui eficácia média entre 60% e 70%. Ao longo dos anos, a substância chegou a apresentar eficácia menor que 50%.

"Existe uma diferença na vacina da CoronaVac para a de influenza: como a da influenza é feita com vírus que mais circularam no inverno anterior no Hemisfério Sul aqui no Brasil, às vezes há um desencontro das cepas. Então, a eficácia diminui, é normal isso, medimos isso após a vacinação", diz Melissa Palmieri, diretora da regional São Paulo da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunização).

No caso do vírus da covid-19, atualmente, há dezenas de variantes registradas no mundo, mas todas de uma cepa. Por isso, as vacinas que já foram produzidas conferem imunidade contra qualquer forma existente do SARS-Cov-2.

"A gente tem vacinas mais eficazes, menos eficazes. Mas são fatores como a estratégia, o público-alvo e o número de pessoas a serem vacinadas que vão trazer o resultado na prática. Só a eficácia não é parâmetro", completa a profissional da SBIm.

TUBERCULOSE

Bem como a Coronavac, outras vacinas não eliminam a doença, mas previnem suas formas graves. É o caso do bacilo causador da tuberculose.

Cada agente infeccioso possui comportamentos próprios. Por isso, cada imunizante tem sua tecnologia e forma de agir específica. A eficácia é considerada um pré-requisito.

"A vacina da tuberculose não tem uma eficácia muito alta, é de 60% para a forma pulmonar clássica. Mas ela previne as formas graves da doença. É uma forma de trabalhar com a redução do impacto da doença", explica a epidemiologista, professora e pesquisadora Ana Brito, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e UPE (Universidade de Pernambuco).

O imunizante contra a tuberculose previne formas graves da doença como a meningite tuberculosa e tuberculose miliar (que se espalha pelo corpo). A vacina deve ser aplicada ainda em bebês e é gratuita.

SARAMPO

As vacinações contra o sarampo também ajudam a controlar o surto da doença no país. Porém, a volta de casos de sarampo não tem a ver com a eficácia da vacina (que é de 95% a 97%), mas por causa da baixa cobertura vacinal.

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