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"DIVA"

Artista choca ao criar vulva gigante: 'desperta um medo primitivo'

Segundo a autora da obra, a sexualidade feminina foi temida e repreendida durante os séculos pelo patriarcado

Imagem ilustrativa da notícia Artista choca ao criar vulva gigante: 'desperta um medo primitivo' camera Mariana propôs criar "Diva" em meio à natureza | Divulgação

Os trabalhos da artista plástica pernambucana Juliana Notari, 45, costumam mexer com as convicções dos espectadores. Ela já passou sangue da própria menstruação em uma árvore na Amazônia, foi arrastada por um búfalo no Marajó, além de ter comido testículos crus do bovino.

Ela também já quebrou paredes de galerias para formar uma rachadura, por onde passava sangue de boi, e enfiava um espéculo, ferramenta ginecológica usada para abrir vaginas.

Artista choca ao criar vulva gigante: 'desperta um medo primitivo'
📷 |Divulgação

As informações são do site UOL.

Foi no dia 30 de dezembro que uma de suas obras repercutiu além do esperado. “Diva” é uma escultura de uma vulva gigante com 33 metros de altura, 16m de largura e 6m de profundidade, recoberta por concreto armado e resina. Foi instalada na Usina de Arte, em Água Preta (PE).

A artista postou o trabalho no Facebook, onde viralizou. A publicação já tem mais de 60 mil interações apenas nessa rede social, inclusive de pessoas de outros países. Os comentários de cunho negativo são os que mais aparecem, como “nojo”, “ridículo” e “isso não me representa”.

Juliana em sua performance em que é arrastada por um búfalo
📷 Juliana em sua performance em que é arrastada por um búfalo |Divulgação

Porém, Juliana diz que já estava preparada para receber as enxurradas de críticas. "Vejo a repercussão como algo positivo. Despertou o pavor primitivo da vulva. Se gerou isso é porque mexeu em questões que precisam ser mexidas”, diz a artista em com conversa com a Universa.

De acordo com Norati, ela já vem fazendo a performance chamada “Dra. Diva” desde 2003. “Faço uma rachadura na parede com sangue de boi e um espéculo. É uma ferida-vulva”, explica. Ela diz que foi convidada para fazer a obra na Usina de Arte, em um convênio com o Mamam (Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães), de Recife.

“A vulva desperta um medo primitivo relacionado à mulher, ao poder de gerar uma vida, ao sangue menstrual. Tudo isso, ao longo da história, foi reprimido pelo patriarcado. Os corpos foram domesticados para fazer o trabalho dentro de casa enquanto os homens puderam conquistar lugares de poder”, diz a artista.

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