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DOM ALBERTO TAVEIRA

Fantástico, da Globo, mostra supostos abusos cometidos por Dom Alberto; arcebispo nega veracidade de denúncias

As denúncias de abuso sexual e moral contra o arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira, foram temas de uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, este domingo (3).

Imagem ilustrativa da notícia Fantástico, da Globo, mostra supostos abusos cometidos por Dom Alberto; arcebispo nega veracidade de denúncias camera Dom Alberto Taveira: o arcebispo foi acusado de abusos e assédio em uma reportagem exibida pelo Fantástico. | Salim Wariss/Arquidiocese

As denúncias de abuso sexual e moral contra o arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira, foram temas de uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, este domingo (3). Os quatro ex-seminaristas do Seminário São Pio X, em Ananindeua, descreveram os detalhes dos episódios.

Segundo os relatos dos denunciantes feitos na reportagem, os supostos abusos aconteciam da mesma forma. Após o seminário na cúria, Dom Alberto os convidava para conversar sobre religiosidade em sua casa, e lá eram cometidos os supostos abusos sexuais.

Um dos denunciantes descreveu com detalhes o modus operandi de Dom Alberto Taveira ao realizar o encontro em sua casa. “Ele me perguntou se eu namorava, se sentia atração por meninos. Me perguntava muito sobre masturbação. No meu caso, certo dia ele me chamou pro seu quarto, abaixou minhas calças, tocou e rezou no meu pênis”, conta a vítima, que não foi identificada pela reportagem.

A outra vítima contou na matéria que conheceu Dom Alberto quando tinha 15 anos e que exercia a função de coroinha na igreja. Segundo o relato, após alguns encontros no seminário para iniciantes, Dom Alberto o convidou para sua casa. O ex-seminarista conta que o arcebispo começava a conversa na sala e sempre pedia para irem ao quarto, onde aconteceu o primeiro abuso.

“No começo eu não via maldade porque confiei muito, mas aquilo foi se tornando permanente. No quarto ele falava sempre sobre sexualidade. Depois de um tempo ele me recebia na porta e ia logo pegando nas minhas partes íntimas”, disse.

Com a terceira vítima o assédio começou em 2010 da mesma forma. “Ele pediu pra eu mostrar como me masturbava. Ele pediu pra que eu ficasse de pé e fechasse os olhos. Ele pegou nos meus órgãos genitais, me abraçou, me deu um beijo próximo da boca e disse que assim que eu tinha que rezar”, disse.

Os denunciantes afirmaram à reportagem que Dom Alberto Taveira os ameaçava caso denunciassem os abusos. “Ele nos ameaçava, dizia coisas do tipo ‘a corda sempre arrebenta do lado mais fraco’”, disse um dos denunciantes.

A defesa do arcebispo afirmou à reportagem que as acusações não passam de uma tentativa do grupo de ex-seminaristas de se vingarem da Igreja Católica.

A denúncia foi feita primeiro a dois padres entre o fim de 2017 e início de 2018. Em 2019, os padres escreveram os relatos e entregaram a Dom Ascona, responsável pelas relações com da igreja brasileira com o Vaticano. Os Padres dizem ter certeza da veracidade dos relatos dos seminaristas. Dom Ascona denunciou e levou o caso ao Vaticano, que investiga a situação.

A Polícia Civil abriu inquérito e investiga as denúncias a pedido do Ministério Público do Estado do Pará.

Pelas redes sociais, a Arquidiocese de Belém compartilhou uma nota pública na noite de sábado (3), após o anúncio de que a reportagem seria exibida, alegando a inocência de Dom Alberto diante das "acusações de imoralidade". “A Arquidiocese de Belém reitera ao povo de Deus, com transparência e serenidade, que está acompanhando as investigações em curso, com a certeza e a confiança de que, ao final, prevalecerá a verdade”, dizia o comunicado.

O próprio Dom Alberto Taveira também já realizou outros pronunciamentos públicos sobre as acusações, sem especificar os crimes pelos quais estava sendo investigado. O discurso do religioso foi apresentado em vídeo.

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