A médica Tamires Gemelli Silva Mignoni foi resgatada, na noite desta quarta-feira (21), após passar mais de cinco dias sob o poder de sequestradores. Ela saia do posto de saúde onde trabalha, em Erechim, no Rio Grande do Sul, quando foi levada pelos criminosos para um cativeiro localizado na cidade de Cantagalo, no Paraná.
De acordo com informações do portal UOL, a médica é filha do do prefeito de Laranjeiras do Sul, no Paraná, Berto Silva (Podemos). Os sequestradores fizeram contato com a família três vezes e houve pedido de resgate no valor de R$ 2 milhões, informou a Polícia Civil do Rio Grande do Sul.
Segundo a chefe da Polícia Civil gaúcha, Nadine Anflor, três suspeitos foram presos pelo crime: um vigilante de banco de Laranjeiras do Sul; uma mulher que cuidava do cativeiro e um taxista. Um quarto suspeito está foragido.
Segundo a polícia, a mulher receberia R$ 5 mil para cuidar do cativeiro. Já o vigilante faltou ao trabalho e apresentou um atestado na quarta-feira citando problemas na coluna.
Sobre o resgate da Médica Tamires, vítima de sequestro em Erechim, a Polícia Civil irá realizar atendimento à imprensa às 9h no auditório do Deic. #Deic pic.twitter.com/Q09E7om638
— Polícia Civil do RS (@policiacivilrs) October 22, 2020
POLÍCIA ESTOUROU CATIVEIRO
Segundo o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Sander Cajal, não houve pagamento de resgate. "O cativeiro foi estourado, não teve negociação", afirmou Cajal, que acrescentou que o sequestro "foi bem organizado, não tem como dizer que foi algo amador."
A médica chegou a fazer contato com a família no cativeiro como prova de vida. "Ela disse que foi muito bem tratada, teve água e comida, e jamais foi molestada fisicamente ou emocionalmente", disse Cajal.
A polícia acredita que, após o sequestro, a médica foi levada para Itá, na divisa com o Rio Grande do Sul. Em seguida, foi para Chapecó (SC) e, por último, para a cidade de Cantagalo - a 29 quilômetros de Laranjeiras do Sul.
Cajal afirmou que "é pequena" a chance de viés político no crime. Entretanto, no passado o vigilante teve vinculação partidária - não foi informado a qual partido o suspeito era filiado.
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