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Pesquisadores relatam reinfecção de paciente recuperada de Covid-19

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP-Ribeirão Preto relataram um caso raro de reinfecção pelo coronavírus, o Sars-Cov-2, além da recidiva dos sintomas da Covid-19. Só um existe um relato semelhante na literatura científica, ocorrido em Boston (EU

Imagem ilustrativa da notícia Pesquisadores relatam reinfecção de paciente recuperada de Covid-19 camera Leopoldo Silva/Agência Senado

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP-Ribeirão Preto relataram um caso raro de reinfecção pelo coronavírus, o Sars-Cov-2, além da recidiva dos sintomas da Covid-19. Só um existe um relato semelhante na literatura científica, ocorrido em Boston (EUA). O caso brasileiro é de uma técnica de enfermagem de 24 anos, que teve testes positivos para o novo coronavírus duas vezes no intervalo de 50 dias.

Desde o início da pandemia, a possibilidade de reinfecção pelo Sars-Cov-2 tem sido investigada por pesquisadores em todo o mundo. Há vários relatos da persistência da detecção do RNA viral por teste RT-PCR em swab (cotonete estéril) de nasofaringe ou orofaringe, porém sem recorrência dos sintomas.

Além do sinais compatíveis e típicos da Covid-19, os pesquisadores reuniram evidências laboratoriais (resultados virológicos e sorológicos positivos) e epidemiológicas (contato com casos confirmados nas duas ocasiões) do caso relatado. Segundo ele, esse conjunto de dados preenche a definição do CDC (Centro de Controle de Doenças americano) para confirmação de caso da doença.

Eles afirmam que a possibilidade de que um ou mais dos exames virológicos e sorológicos tenham resultado falso positivo existe, mas é remota, dada a conjunção das evidências.

“Em conclusão, o presente relato confirma que, ainda que extremamente rara, a reinfecção por Sars-Cov-2 e o adoecimento por Covid-19 em mais de uma ocasião são eventos possíveis”, concluem. Para eles, essa constatação traz implicações clínicas e epidemiológicas que precisam ser analisadas com cuidado pelas autoridades em saúde.

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SINTOMAS

A paciente brasileira relata que teve contato próximo com um colega de trabalho que recebeu diagnóstico de Covid-19 no dia 4 de maio de 2020. Ela usava máscara cirúrgica, e o colega estava sem, durante algum tempo. Dois dias depois, sentiu dor de cabeça mais intensa que a habitual e, no dia seguinte, o quadro evoluiu, com mal-estar, fraqueza muscular, sensação febril, dor de garganta e congestão nasal.

No quarto dia dos sintomas, fez o exame diagnóstico (RT-PCR, a partir da coleta de swab de nasofaringe e orofaringe) com resultado negativo. Como os sintomas persistiam, repetiu o teste no nono dia e, dessa vez, o resultado deu positivo. Um familiar desenvolveu sintomas gripais, mas não foi testado para confirmação do diagnóstico de Covid-19. Ambos evoluíram clinicamente bem, com desaparecimento dos sintomas a partir de dez dias.

A mulher passou 38 dias assintomática, trabalhando normalmente. No dia 27 de junho de 2020, acordou com mal-estar, dor no corpo, dor de cabeça intensa, fadiga, fraqueza, sensação febril, dor de garganta, perda do olfato e do paladar. Nos dias subsequentes, teve piora dos sintomas, com diarreia e tosse associados aos anteriores.

No quinto dia de reinício dos sintomas, foi submetida a nova coleta de swab de nasofaringe e orofaringe para realização de RT-PCR, que deu positivo. Dois familiares também tiveram a Covid-19 confirmada laboratorialmente. A sorologia IgG/IgM para Sars-Cov2 da paciente, colhida no mesmo dia, apresentou resultado não reagente. A mulher evoluiu clinicamente bem, sem necessidade de suporte ventilatório ou de internação hospitalar.

Os sintomas agudos resolveram-se em 12 dias, porém ela persistia com cefaleia e hiposmia (baixa sensibilidade olfativa) até a data em que os pesquisadores escreveram o relato do caso (33 dias após o reinício dos sintomas). A sorologia IgG total colhida no 19º e no 33º dias após o reinício dos sintomas tiveram resultado reagente. A sorologia IgM colhida no 33º dia após o reinício dos sintomas também foi reagente. A investigação clínica e laboratorial realizada após a resolução do segundo quadro clínico não identificou quaisquer indícios de imunodeficiência primária ou adquirida, segundo os pesquisadores.

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