Pais levam filha a posto de saúde em carrinho de mão após prefeitura negar transporte

Uma criança de 9 anos, portadora de síndrome nefrótica, doença crônica que atinge os rins, precisou ser levada em um carrinho de mão a um posto de saúde, já que a prefeitura da cidade se negou a liberar o veículo para fazer o transporte da menina, alegando que a distância da casa da criança até a unidade de saúde era pequena. O caso ocorreu no município de Januária, em Minas Gerais.

Segundo a família, ao saber que a associação responsável pelo atendimento de saúde no bairro se negou a transportar a criança, os pais decidiram recorrer ao carrinho de mão, já que a menina não consegue andar por conta do inchaço provocado pela doença.

O presidente da Associação Comunitária de Pandeiros, Daniel Nascimento Brito, afirmou que a demanda pelo carro da saúde da prefeitura é grande e estava sendo utilizado para auxiliar uma gestante no momento do chamado da mãe da menina. “Nunca foi negado um socorro pra ela. Mas, infelizmente, nessa ocasião que ela precisou do carro, ele não estava”, disse.

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A mãe da criança, Gilvâna Carmo de Souza, contou que foi até o local onde o veículo fica parado para pedir atendimento para a menina, que estava se contorcendo de dor. “Eu perguntei se alguém estava com a chave do carro, mas aí já vieram falando que toda vez eu queria, querendo saber porque eu queria, e que eu tinha que agendar o carro antes. Falei que não agendei antes porque ela estava bem”, relatou.

A unidade de saúde do município fica a cerca de 500 metros de onde a família mora. A menina foi atendida e levada de volta para casa também no carrinho de mão, com a ajuda do pai.