Mãe obrigava filha de 9 anos a fazer sexo com ela e o padrasto

Um casal, ambos de 39 anos, foi preso acusado de abusar sexualmente de uma menina de apenas 9 anos. A vítima é filha da mulher e vivia o pesadelo há cerca de 4 anos em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O caso foi denunciado pela própria criança, que enviou um áudio implorando ajuda à tia paterna. Na gravação, a garotinha pede para que a tia não sinta nojo dela por causa dos estupros. Os suspeitos são surdos e já estão presos.

A Polícia Civil divulgou o caso na quinta-feira (2) passada. A investigação começou no dia 19 de junho, um dia após a vítima mandar a mensagem para a tia.

Veja mais:

Mulher morre após ser lambida por seu próprio gato

Vulto assustador surge em vídeo de grávida no Snapchat

"Inicialmente, familiares da vítima nos procuraram na delegacia de Contagem contando que ela era abusada desde os 5 anos e tinha contado que era por parte da mãe e do padrasto. No áudio para a tia, a menina pedia para que acreditassem nela e que não a achassem nojenta. E a maior preocupação dela era com a irmã, o que poderia acontecer já que a vítima não mora com a mãe", explicou a delegada Mellina Clemente.

O casal está junto há 6 anos. A vítima deu depoimento a uma investigadora, que também é psicóloga, e contou detalhes de como os crimes aconteciam. A família mora em um imóvel de um quarto, onde todos dormiam juntos.

A mãe, ao ser presa, negou o crime e tentou culpar familiares do pai da criança. Já o padrasto confessou o que acontecia na casa. Os depoimentos foram realizados com a ajuda de um intérprete de libras.

"A mãe praticava diretamente os abusos, masturbava a criança e incentivava o companheiro a praticar os atos. Eles também mantinham relações sexuais com a criança. Foi uma das oitivas mais difíceis de se fazer até mesmo pelo que o padrasto relatava. O intérprete tem muita experiência em libras, a gente fazia a pergunta para ele, ele reportava para os investigados e depois nos dava a resposta", detalhou a policial.

De acordo com as autoridades, o padrasto considerava os abusos "normal" e alegou que não houve conjunção carnal. Por causa disso, para ele, não haveria crime e ele negou que tenha abusado da própria enteada.

A menina passou por exames que confirmaram o rompimento do hímen, que pode ter sido causado por penetração digital.

Na casa, equipamentos eletrônicos e material pornográfico adulto foram apreendidos. Em um dos celulares, havia várias fotos da menina com 2 anos tomando banho.

O casal está preso preventivamente e responderá por crimes de estupro de vulnerável e satisfação de lascívia mediante presença da criança ou adolescente (quando a relação sexual é praticada na frente de menores de idade). O caso ainda tem agravante por se tratar do pai e mãe da criança.