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EFEITO ISOLAMENTO

Brasil tem queda de 26% no número de mortes violentas

Dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) com base em dados lançados pelos Cartórios de Registro Civil no Portal da Transparência, revelam que as medidas de isolamento social adotadas para o controle da pandemia de

Imagem ilustrativa da notícia Brasil tem queda de 26% no número de mortes violentas camera Reprodução: Freepik

Dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) com base em dados lançados pelos Cartórios de Registro Civil no Portal da Transparência, revelam que as medidas de isolamento social adotadas para o controle da pandemia de Covid-19, impactaram o registro de mortes violentas no país. A queda chega a 26%.

Entre os meses de março e maio deste ano, houve 14.598 mortes violentas. No mesmo período de 2019, foram 19.748 óbitos. As mortes violentas são aquelas ocasionadas por causas externas, o que inclui acidentes de trânsito, homicídios, suicídios, afogamentos, envenenamentos e queimaduras, entre outros.

“A quarentena adotada em vários estados brasileiros contribuiu de maneira significativa para que o número de mortes no país não fosse ainda maior, e não sobrecarregasse ainda mais o sistema de saúde das diferentes unidades da Federação durante a pandemia”, destaca a Arpen-Brasil no levantamento.

O resultado é de que o fechamento de bares, restaurantes e casas noturnas, além da significativa redução de automóveis em circulação nas ruas, avenidas e estradas, fez com que o número de mortes violentas no país caísse em relação ao mesmo recorte de tempo do ano passado.

Ainda de acordo com o balanço do conjunto dos cinco primeiros meses do ano, revela queda de 20,3% nas mortes violentas, que passaram de 40.593 em 2019 para 32.347 em 2020. As medidas de isolamento foram implementadas justamente nesse período.

Triste estatística

Por outro lado, diante do cenário da pandemia, essa redução do número de mortes violentas, em comparação a quantidade de vítimas em decorrência do coronavírus anula os efeitos.

O professor e pesquisador Rodrigo Augusto Prando, do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas da Universidade Presbiteriana Mackenzie, apresentou em seu artigo algumas comparações para dar dimensão do impacto da pandemia no Brasil.

A conclusão foi que as 43.332 mortes registradas por Covid-19 até a última segunda-feira (15), por exemplo, atualmente é maior que os 41.635 óbitos em todo o ano de 2019 causados por tragédias de trânsito.

“Os mortos pela Covid-19 somam os assassinados ou as vidas perdidas no trânsito, em 2019. São, também, números de um país em guerra, com mortes que, em boa parte, poderiam ter sido evitadas”, pondera Orando no texto.

O professor critica a postura negacionista de parte do governo federal sobre a doença e afirma que posicionamentos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contribuíram para a grande taxa de letalidade da doença causada pelo novo coronavírus.

“Se, inicialmente, Bolsonaro tivesse assumido a condição de líder, coordenado as ações governamentais junto aos estados, prestigiado seus ministros da saúde, lutado pelo distanciamento social e não o contrário, o cenário, certamente, seria outro. Infelizmente, não é. E tende a piorar”, conclui.

Mais mortes

A pesquisa mostra que o total de óbitos no Brasil registrou aumento de 8,8%, passando de 304.676 em 2019, para 331.775 em 2020. Os dados também mostram crescimento entre os meses deste ano, aumentando 7,2% em abril em comparação ao mês de março, e 12,5% em maio na comparação com o mês anterior. Em 2019, o aumento entre estes mesmos meses havia sido de 8,3% e 7,2% respectivamente.

Em números absolutos, o país aumentou em 32.249 óbitos entre os meses de março e maio, passando de 284.928 mortes por causas naturais em 2019, para 317.177 falecimentos em 2020. Por ainda estar dentro do prazo legal para o lançamento dos dados, o mês de junho não foi contabilizado no levantamento feito no Portal da Transparência. O maior crescimento se deu entre os meses de abril e maio, 17,8%, enquanto que no mesmo período de 2019 este aumento havia sido de 8,8%.

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