plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 29°
cotação atual R$


home
EFEITO COVID-19

"Se não fizer sexo, vou morrer de fome", desabafa trans do Rio a site britânico

As regras de isolamento social que mantêm a população do Rio de Janeiro em casa afetam diretamente as atividades no mercado do sexo e isso acaba criando sérios desafios para as transexuais, como mostra uma reportagem divulgada nesta quinta-feira (21) no s

Imagem ilustrativa da notícia "Se não fizer sexo, vou morrer de fome", desabafa trans do Rio a site britânico camera A pandemia vem afetando diretamente as atividades o mercado do sexo | Reprodução

As regras de isolamento social que mantêm a população do Rio de Janeiro em casa afetam diretamente as atividades no mercado do sexo e isso acaba criando sérios desafios para as transexuais, como mostra uma reportagem divulgada nesta quinta-feira (21) no site britânico "The Guardian".

O jornal conversou com algumas profissionais de sexo que trabalham nas ruas da cidade, uma delas identificada como Stefany Gonçalves, 26 anos, do Espírito Santo chamou a atenção. Ela diz que a vida tem sido muito difícil desde que a pandemia do novo coronavírus chegou ao país.

"É realmente difícil, porque quase não há ninguém na rua. Eu trabalho como prostituta, então o que acontece? É terrível", afirma a jovem. "Ainda saio, ainda faço sexo, porque se não fizer, vou morrer de fome".

Stefany diz que está recebendo ajuda das pessoas durante o período de quarentena. "Graças a Deus, há pessoas que veem isso. Eu ganhei uma doação básica de alimentos. Há pessoas que estão fazendo um pouco."

Ela ainda afirma que já recebeu o pagamento do auxílio emergencial do governo federal de R$ 600, a primeira parcela de três previstas. "Se era difícil para nós antes, é ainda mais agora", diz. "Estou no grupo de risco, fico mais em casa agora".

A paraibana Elba Tavares, 44, mora no Rio há 20 anos. Ela conta que não vive mais da prostituição, mas que "sim, vendo meu corpo". "Você pode ver como é: ruas vazias, lojas fechadas, a economia decadente. Existem muito poucos clientes". "Como estou sobrevivendo? Bem, você pode ver", diz Elba. "Eu recebo um pouco do governo, mas não é muito. Às vezes, posso ficar na casa de alguns amigos".

Indignada ela soltou o verbo e criticou o governo; "Este é um país semidesenvolvido. O que é mais desenvolvido aqui são o crime e a corrupção. E quando o governo não vale nada, nada mais vale", afirma.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Notícias Brasil

Leia mais notícias de Notícias Brasil. Clique aqui!

Últimas Notícias