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PF E FLÁVIO BOLSONARO

Parlamentares falam em anular eleições e pedem CPI sobre denúncias de Paulo Marinho

Denúncia que Flávio Bolsonaro tinha informações antecipadas de operação sobre rachadinha caiu como uma bomba no mundo político

Imagem ilustrativa da notícia Parlamentares falam em anular eleições e pedem CPI sobre denúncias de Paulo Marinho camera Paulo Marinho (à esquerda) ao lado do presidente Jair Bolsonaro | Reprodução

Diversos deputados federais e senadores de oposição, além de ex-aliados do presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, reagiram publicamente às declarações do empresário Paulo Marinho em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", neste sábado (16), de que Flávio Bolsonaro soube com antecedência sobre a Operação Furna, da Polícia Federal, que investigava esquemas de ‘rachadinhas’ no Rio de Janeiro.

Os parlamentares da oposição pediram investigação e falaram em impeachment e até cassação da chapa que elegeu o presidente e seu vice, Hamilton Mourão, caso as denúncias do empresário sejam comprovadas.

De acordo com Paulo Marinho, que é suplente do senador Flávio Bolsonaro (sem partido), Flávio o procurou após o segundo turno das eleições presidenciais, em 2018, e afirmou que teve conhecimento prévio sobre a Operação Furna da Onça, da Polícia Federal.

A operação investigou esquemas de "rachadinha" — quando funcionários do gabinete de políticos devolvem para ele parte do salário recebido com dinheiro público — entre parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), incluindo o de Flávio, então deputado estadual no Rio de Janeiro .

Segundo o relato de Marinho, o senador, recém-eleito na época, afirmou também que a Polícia Federal adiou a deflagração da operação para depois das eleições, para não prejudicar a candidatura de Bolsonaro à presidência e de Flávio ao Senado. Ele teria sido informado por um delegado no Rio.

A operação aconteceu apenas após o segundo turno, antes da conversa relatada por Marinho

O filho do presidente teria afirmado também que foi informado que a investigação atingiria em cheio Fabrício Queiroz, funcionário de seu gabinete e ex-funcionário do gabinete de Bolsonaro quando era deputado federal.

Pouco após isso, Queiroz foi exonerado do gabinete de Flávio Bolsonaro no Rio, assim como uma de suas filhas foi exonerada do gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro.

"Se comprovadas as denúncias, o TSE pode anular as eleições de 2018 ele pode cassar a chapa Jair Bolsonaro e Mourão para que tenha novas eleições ainda em 2020", afirmou em vídeo publicado nas redes sociais o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), do MBL (Movimento Brasil Livre). "As denúncias são gravíssimas”, completou Kataguiri.

O adversário de Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais, Fernando Haddad (PT-SP), afirma que houve fraude. "Conforme suspeita, suplente de Flavio Bolsonaro confirma que PF alertou-o, entre o 1° é o 2° turno, de que Queiroz seria alvo de operação, que foi postergada para evitar desgaste ao clã durante as eleições. Isso se chama FRAUDE!", expressou no Twitter.

Já a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) cobrou investigações e diz que só não descobre o que aconteceu quem não quer.

"Avisou o criminoso e seu bando. Antecipou as informações para três pessoas, debaixo de uma marquise em frente à delegacia no RJ...que tal câmeras de segurança do local??? Só não descobre quem não quer”, escreveu Joice.

De acordo com o PT, por meio de sua assessoria de imprensa, a oposição deve defender a cassação do presidente e do vice, com novas eleições ainda neste ano.

Em outra frente de ataque, o deputado Enio Verri (PT-PR), afirma que o partido vai pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na semana que vem, em conjunto com outros partidos de oposição.

"Agentes do Estado deram um golpe eleitoral em 2018 para ajudar a eleição fraudulenta de Jair Bolsonaro, o Congresso precisa investigar a fundo a denúncia, inclusive o envolvimento do clã Bolsonaro com o crime organizado", diz o deputado sobre o caso.

O deputado federal petista Paulo Pimenta (PT-RS), confirmou que a oposição na Câmara vai protocolar um pedido de CPI para investigar as revelações do ex-aliado da família Bolsonaro.

O líder do PSB na Casa, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que a coleta de assinaturas para uma CPI começa na próxima semana.

"As denúncias feitas por Paulo Marinho são gravíssimas. Mostram que membros da Polícia Federal contribuíram para obstruir a Justiça de forma a influenciar no resultado das eleições de 2018, beneficiando Bolsonaro. Tudo precisa ser investigado para que Bolsonaro responda por seus crimes”, afirmou Alessandro Molon, em nota.

O deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP) também manifestou-se nas redes sociais. "Eu pouco me importo como vamos tirar esse lixo de lá", disse Frota.

O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) afirmou que vai protocolar na segunda-feira (18) uma representação no Conselho de Ética do Senado e pedir a cassação do senador Flávio Bolsonaro (sem partido).

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