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COVID-19

Mais da metade dos brasileiros está em algum grupo de risco, diz estudo

Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) sugere que mais de 50% da população adulta brasileira, ou seja, o equivalente a 86 milhões de pessoas, apresentam ao menos um dos fatores que aumentam o risco de gravidade da Covid-19.Os cientistas

Imagem ilustrativa da notícia Mais da metade dos brasileiros está em algum grupo de risco, diz estudo camera Os cientistas chegaram a conclusão, após incluir na análise tanto os fatores de risco apontados pelos estudos iniciais sobre a doença, em países asiáticos, quanto os observados nas pesquisas mais recentes, conduzidas na Europa e nos Estados Unidos. | Agência Brasil

Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) sugere que mais de 50% da população adulta brasileira, ou seja, o equivalente a 86 milhões de pessoas, apresentam ao menos um dos fatores que aumentam o risco de gravidade da Covid-19.

Os cientistas chegaram a conclusão, após incluir na análise tanto os fatores de risco apontados pelos estudos iniciais sobre a doença, em países asiáticos, quanto os observados nas pesquisas mais recentes, conduzidas na Europa e nos Estados Unidos.

“Inicialmente, foram incluídas no grupo de risco as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, portadores de doenças crônicas [cardiovasculares, diabetes, hipertensão e doença pulmonar obstrutiva crônica] e os pacientes com câncer diagnosticados há menos de cinco anos. Os últimos estudos, porém, propuseram novos fatores: pacientes em diálise ou outro tratamento para doença renal crônica, obesidade, asma moderada ou grave e tabagismo”, explica Leandro Rezende, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina (EPM-Unifesp) e coordenador da pesquisa, cujos resultados serão divulgados em breve na Revista de Saúde Pública.

Para estimar o tamanho do grupo de risco para Covid-19 no Brasil, os pesquisadores da Unifesp coletaram dados de 51.770 participantes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013. Trata-se de um inquérito de âmbito nacional que coletou, em mais de 80 mil domicílios, dados como peso, altura, circunferência da cintura e pressão arterial – além de amostras de sangue e urina para exames laboratoriais de uma parcela dos entrevistados.

“Infelizmente, esse é o levantamento mais recente que reúne todas as informações necessárias para nossa análise. Em 2019, teve início uma nova edição da PNS, que ainda não foi concluída. Vale ressaltar que a falta de investimento público em inquéritos abrangentes como esse dificulta a realização de análises precisas para subsidiar políticas públicas em uma situação de crise, como a atual”, diz Rezende.

Segundo o pesquisador, se forem comparados os dados da PNS com os de levantamentos mais recentes, como o Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis do Ministério da Saúde) de 2018, realizado nas capitais dos estados brasileiros e no Distrito Federal, nota-se que a prevalência de diabetes (de 6,9% em 2013 para 7,7% em 2018) e hipertensão (de 21,5% entre os homens para 22,1%) variou pouco na população brasileira nos últimos anos, enquanto o número de fumantes diminuiu de 14,4% para 12,1%. No entanto, houve um crescimento na proporção de obesos (de 17,5% para 19,8%) e de pessoas com doenças crônicas associadas ao envelhecimento.

“O tamanho do grupo de risco estimado pelo nosso estudo está possivelmente subestimado, o que torna ainda mais necessária a manutenção das medidas de distanciamento físico. Pelo menos até que os estudos de soroprevalência [que estimam a parcela da população que já foi infectada e desenvolveu anticorpos contra o novo coronavírus] indiquem ser segura a flexibilização”, avalia Rezende.

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