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VÍDEO DA REUNIÃO

Bolsonaro diz que não fala em investigação em reunião, mas não nega preocupação com filhos

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (12) que, no vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril gravada pelo Palácio do Planalto, não aparecem as palavras "Polícia Federal" ou "superintendência", mas, questionado por jo

Imagem ilustrativa da notícia Bolsonaro diz que não fala em investigação em reunião, mas não nega
preocupação com filhos camera Roberto Jayme/Ascom/TSE

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (12) que, no vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril gravada pelo Palácio do Planalto, não aparecem as palavras "Polícia Federal" ou "superintendência", mas, questionado por jornalistas se havia falado sobre apurações envolvendo seus parentes, não negou preocupação com a segurança dos filhos.

Vídeo mostra Bolsonaro defender troca na PF para proteger familiares e aliados

"Esse informante, esse vazador... Não existe no vídeo a palavra Polícia Federal, nem superintendência. Não existem essas palavras", declarou Bolsonaro, na rampa do Palácio do Planalto, enquanto seus ministros prestavam depoimento à PF.

"A reunião ministerial sai muita coisa. Agora, não é para ser divulgado. A fita tinha que ser, inclusive, destruída após aproveitar imagens para divulgação, ser destruída. Não sei porque não foi. Eu poderia ter falado isso, mas jamais eu ia faltar com a verdade. Por isso resolvi entregar a fita. Se eu tivesse falado que foi destruída, iam fazer o quê? Nada. Não tinha o que falar", disse o presidente.

Segundo pessoas que tiveram acesso à gravação da reunião ministerial, Bolsonaro vinculou na ocasião a mudança na superintendência da PF do Rio a uma proteção de sua família.

Bolsonaro teria afirmado que seus familiares e amigos estariam sendo perseguidos e poderiam ser prejudicados. O presidente, segundo relatos à Folha de S.Paulo, disse que não poderia ser "surpreendido" porque, de acordo com ele, a Polícia Federal não repassava informações.

Bolsonaro teria dito então que trocaria, se fosse necessário, o comando da polícia e até o ministro da Justiça, na ocasião, Sergio Moro, que deixou o governo três dias depois daquela reunião ministerial, acusando Bolsonaro de intervenção política na Polícia Federal.

Do alto da rampa do Planalto, Bolsonaro rebateu as informações sobre o conteúdo do vídeo que veio à público na tarde desta terça.

Questionado se, naquela reunião, falou sobre investigações envolvendo sua família, Bolsonaro respondeu:

"Não tem a palavra investigação".

"A preocupação minha sempre foi, depois da facada, de forma bastante direcionada, para a segurança minha e da minha família", complementou. Ele também disse que Adelio Bispo, que lhe deu uma facada em Juiz de Fora (MG) durante a campanha de 2019, talvez também quisesse assassinar um de seus filhos.

Mais tarde, na porta do Palácio da Alvorada, Bolsonaro repetiu que não há no vídeo da reunião as palavras "superintendência" ou "PF".

O presidente disse que há questões sensíveis de segurança nacional no material e que espera que esses trechos sejam mantidos em sigilo.

"Esse video que está à disposição da Justiça, eu espero que as questões sensíveis não se tornem públicas, porque isso prejudicaria a economia do Brasil", afirmou o presidente.

Bolsonaro ponderou, porém, que não vê problema na divulgação do conteúdo que for relevante para a investigação no STF.

"Da minha parte, no tocante ao inquérito, está liberado [a quebra do sigilo], até palavrão que eu falei lá. Da minha parte está liberado, mas espero que as questões sensíveis de segurança e soberania nacional não vazem", disse.

Bolsonaro afirmou que, para ele, é indiferente a maneira como vai prestar depoimento, mas disse que, "por deferência", deveria ser por escrito.

Indagado por jornalistas sobre sua relação com o delegado Alexandre Ramagem, que prestou depoimento na segunda-feira (11), ele não confirmou a amizade de sua família com o atual chefe da Abin (Agência Brasileira de Informação), mas disse que "tinha uma grande simpatia por ele".

Bolsonaro tentou nomeá-lo como diretor-geral da PF, mas foi barrado por uma decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF). Em seu lugar, nomeou o delegado Rolando de Souza, com quem disse agora estar "casado".

O presidente afirmou que a reunião que teve com ministros na manhã desta terça-feira não foi gravada.

Segundo Bolsonaro, ministros pediram para que ela não fosse gravada e ele endossou a solicitação.

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