Uma manifestação organizada por bolsonaristas, em alusão do Dia do Exército, foi realizada no início da tarde deste domingo (19) em frente ao QG do Exército, em Brasília. Entre as reivindicações dos participantes, estavam ataques ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pedidos de intervenção militar e até a volta do AI-5, o mais brutal ato do governo militar durante a ditadura e responsável por fechar o Congresso e limitar os direitos individuais.
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A manifestação contou também com a participação do presidente Jair Bolsonaro, que deixou o Palácio da Alvorada para fazer um longo discurso aos organizadores, que já desrespeitavam as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e das autoridades sanitárias para evitar aglomeração.
Em seu discurso e sob os gritos de “mito”, “nossa bandeira jamais será vermelha” e “queremos intervenção”, Bolsonaro afirmou que defende a vontade do povo, reafirmou que todos têm a obrigação “de lutar pelo país” e que acabou a “época da patifaria”.
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Após o discurso e diferente da última vez, Bolsonaro não se aproximou dos manifestantes, nem apertou suas mãos ou fez selfies.
Neste domingo (19), centenas de manifestantes se reuniram em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, pedindo por intervenção militar, pelo fechamento do congresso e pelo retorno do Ato Institucional número 5... https://t.co/MlXAQGtxjW (Vídeo: @jairbolsonaro) pic.twitter.com/QEQkbA54CX
— Hugo Gloss (@HugoGloss) April 19, 2020
Leia o discurso na íntegra:
“Eu estou aqui porque acredito em vocês. Vocês estão aqui porque acreditam no Brasil. Nós não queremos negociar nada. Nós queremos é ação pelo Brasil. O que tinha de velho ficou para trás. Nós temos um novo Brasil pela frente. Todos, sem exceção no Brasil, tem de ser patriotas e acreditar e fazer a sua parte para que nós possamos colocar o Brasil no lugar de destaque que ele merece. Acabou, acabou a época da patifaria. É agora o povo no poder. Mais do que o direito, vocês têm obrigação de lutar pelo país de vocês. Contem com seu presidente para fazer tudo aquilo que for necessário para que nós possamos manter a nossa democracia e garantir aquilo que há de mais sagrado entre nós, que é a nossa liberdade. Todos no Brasil têm que entender que estão submissos à vontade do povo brasileiro. Tenho certeza: todos nós juramos um dia dar a vida pela Pátria e vamos fazer o que for possível para mudar o destino do Brasil. Chega da velha política. Agora é Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”, disse.
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