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Ceará pode ser o primeiro estado a atingir pico do novo coronavírus

O Ceará, atualmente com 824 casos confirmados de coronavírus, deve ser o primeiro estado a atingir o pico de infecções pela Covid-19, a partir do dia 25 de abril. Foi o que revelou um boletim produzido pela Rede CoVida, iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz

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Imagem ilustrativa da notícia Ceará pode ser o primeiro estado a atingir pico do novo coronavírus camera Estado nordestino é um dos principais pontos de atração de turistas paraense e pela projeção terá 3.053 pessoas infectadas no pico da doença | AFP

O Ceará, atualmente com 824 casos confirmados de coronavírus, deve ser o primeiro estado a atingir o pico de infecções pela Covid-19, a partir do dia 25 de abril. Foi o que revelou um boletim produzido pela Rede CoVida, iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os cálculos apontam que, no início do mês, o Estado terá 3.053 pessoas infectadas e deve ultrapassar o Rio de Janeiro (2.887) em número de casos, ficando atrás de São Paulo (11.684), na quarta-feira (8).

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Até o dia 25 deste mês, estima-se que o Brasil deve ter cerca de 21 mil pessoas infectadas e mais de 500 mortes causadas pela Covid-19. As projeções dos pesquisadores, entre estatísticos, epidemiologistas, físicos, cientistas da computação, economistas e comunicólogos, além de outros profissionais, pretendem contribuir para as ações de enfrentamento da doença com conhecimento. O grupo também tem apoio da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Em um relatório, publicado nesta última semana, os cientistas calcularam o potencial de reprodução da doença como maneira de identificar a velocidade com que o novo coronavírus se espalha nos estados brasileiros. As analises são feitas a partir da taxa de transmissão e os registros de cura e de óbito nas localidades.

Um dos fatores definidos é o de reprodução, R0 - acima de 1 indica que a propagação do vírus está se expandindo. No Ceará, esse fator é de 2,56 e por meio dele foi projetada que a data para o pico dos casos no estado seja no dia 25 de abril.

EXEMPLO DO MUNDO

Na Itália, por exemplo, onde a propagação do vírus ainda preocupa o mundo, a taxa R0 é de 3, como é apontado no relatório. Os pesquisadores também estão analisando dados dos estados de Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O modelo usado pelos pesquisadores, Suscetíveis, Infectados e Recuperados (SIR), considera que os casos de cura da Covid-19 não podem ser infectados novamente. Porém, eles indicam que existem trabalhos sobre a possibilidade do paciente adoecer uma segunda vez pelo vírus.

O Ceará registrou até a tarde de ontem (5), 824 pessoas infectadas com o vírus e o número de mortes subiu para 26, conforme atualização da plataforma IntegraSUS. O maior números de casos se concentra na capital, Fortaleza, com 744 casos e 20 mortes. Dos 184 municípios cearenses, 23 já apresentam confirmações da Covid-19. O último a entrar na lista foi Pedra Branca, com um caso.

As estatísticas divulgadas pela Rede CoVida detalham também o cenário da Bahia, onde a pesquisa foi produzida.

Fase inicial

Medidas como distanciamento social e restrição da circulação de pessoas nas ruas ainda estão sendo analisadas pelos pesquisadores. Os resultados das ações de contingenciamento da doença, reforçadas pelo grupo, devem ser demonstrados nos próximos boletins que a Rede CoVida deve publicar semanalmente.

O governador do Ceará, Camilo Santana, prorrogou no último sábado (4), o decreto que proíbe o funcionamento de estabelecimentos comerciais até o dia 20 de abril. As atividades estão paralisadas desde o dia 20 de março. As aulas presenciais em todas as modalidades de ensino, também foram suspensas até o início de maio. Tais medidas são baseadas em estudos científicos como forma de combater o avanço da doença no Ceará, como disse o governador.

Na análise dos pesquisadores da Bahia, no modelo SIR, os parâmetros e as comparações são feitas com experiências anteriores de propagação de doenças e avaliam os padrões observados nas populações.

“No decorrer da epidemia e com os avanços dos conhecimentos sobre as suas características em nosso contexto, os parâmetros vão sendo melhor definidos e os modelos vão sendo qualificados, tornando-se mais robustos e incrementando a sua capacidade preditiva”, reforçam no artigo os especialistas.

As informações utilizadas para a projeção são oferecidas pelas secretarias estaduais da saúde devido às inconsistências observadas entre os dados divulgados por estes órgãos e pelo Ministério da Saúde.

“Temos a convicção de que esforços estão sendo feitos para a correção destes problemas e que poderemos ter um sistema aperfeiçoado dos dados oficiais da epidemia”, pontuam.

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