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VIOLÊNCIA

Japonesa é agredida em SP : “Você é o coronavírus!”

Uma jovem de 19 anos recebeu uma borrifada de álcool de uma colega de trabalho em São Paulo essa semana. A moça é estagiária em uma empresa de segurança virtual e sofreu racismo por uma colega no ambiente de trabalho.Em depoimento à revista Marie Claire B

Imagem ilustrativa da notícia Japonesa é agredida em SP : “Você é o coronavírus!” camera Reprodução/ Arquivo Pessoal

Uma jovem de 19 anos recebeu uma borrifada de álcool de uma colega de trabalho em São Paulo essa semana. A moça é estagiária em uma empresa de segurança virtual e sofreu racismo por uma colega no ambiente de trabalho.

Em depoimento à revista Marie Claire Brasil, ela contou detalhes de como tudo aconteceu e como se sentiu e o que pretende fazer a partir de agora.

”Estou com a coronavírus aqui do lado”, ‘olha a infectada’ e mais outros comentários infelizes que escutei. Eu não sou um vírus. Sou mestiça, meu pai é filho de japoneses e mãe negra" disse a jovem.

Indignada, ela relata o preconceito por ser descendente de japoneses muitos acabam atribuindo a culpa neles pela a expansão da pandemia no mundo.

"E quem nós, descendentes de asiáticos somos, ainda mais no contexto do coronavírus. Ao contrário do que algumas pessoas nas redes sociais dizem, o coronavírus está sendo falado desde janeiro e com eles os comentários racistas e xenófobos também."

Fernanda contou que com a crise do álcool em gel, a empresa onde trabalha comprou álcool normal e colocou em borrifadores a fim de mantermos a higiene e as propostas seguidas para evitar a propagação da doença e foi nesse momento que ela sofreu um ataque de uma colega de trabalho.

A mulher se sentou ao seu lado e disse, de maneira alta: "hoje vou ajudar a coronavírus aqui", "estou com a coronavírus aqui", "vou ficar infectada, se acontecer, já sabem por quê". E por horas, ela ficava borrifando álcool nas mãos e quando foi limpar a mesa que estava usando disse algo como "é bom limpar, estou com a coronavírus aqui".

Em um outro momento, em que ainda falavam de coronavírus, ela disse "mas você é chinesa" e duas colegas corrigiram, uma disse "japonesa" e a outra "ela nasceu aqui no Brasil’. Ela respondeu: "China, Coreia, Japão, é tudo a mesma coisa, tudo um bando de gente porca que traz doença" e em seguida perguntou "você também come comidas estranhas? Tipo cachorro".

Fernanda disse ainda que assim que chegou em casa, conversou com a mãe, e decidiu levar o caso a justiça.

"Ao conversar com meu supervisor, ele pareceu muito compreensível e que levaria o assunto para a diretoria. Deixei claro que prestei boletim de ocorrência online, como me aconselharam, e caso acontecesse outra vez, seria presencial, e pela última vez, nós não somos uma doença."

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