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MERCADO FINANCEIRO

Veja todas as vezes que a Bolsa brasileira acionou o circuit breaker

Desde 1997, quando o mecanismo de circuit breaker foi estabelecido na Bolsa brasileira, ele foi acionado 18 vezes, a maioria delas em períodos de crise.O circuit breaker interrompe as negociações na Bolsa de Valores quando a queda do principal índice

Imagem ilustrativa da notícia Veja
todas as vezes que a Bolsa brasileira acionou o circuit breaker camera Hugo Arce/Fotos Públicas

Desde 1997, quando o mecanismo de circuit breaker foi estabelecido na Bolsa brasileira, ele foi acionado 18 vezes, a maioria delas em períodos de crise.

O circuit breaker interrompe as negociações na Bolsa de Valores quando a queda do principal índice acionário do país, o Ibovespa, supera 10%. Durante a interrupção, não há possibilidade de fechamento de negócios com ativos, derivativos e títulos de renda fixa privada.

Ele foi acionado nesta segunda-feira (9), logo na abertura dos negócios. O avanço do coronavírus e a guerra de preço do petróleo derreteram o mercados de ações nesta sessão, na qual a Bolsa brasileira fechou na pior queda do século, com recuo de 12,17%.

O circuit breaker se aplica em três situações, de acordo com o Manual de Procedimentos Operacionais da B3:

1. Quando o Ibovespa desvalorizar 10% em relação ao fechamento do pregão anterior, a negociação é interrompida por 30 minutos;

2. Reabertas as negociações, caso a queda do Ibovespa atinja 15% em relação ao fechamento do pregão anterior, a negociação é interrompida por uma hora;

3. Reabertas as negociações, caso a oscilação negativa atinja 20% em relação ao pregão anterior, a B3 pode determinar a suspensão da negociação por período a ser definido pela Bolsa.

Não há acionamento do mecanismo nos últimos 30 minutos do dia. Se a interrupção ocorrer na última hora, o horário de encerramento da Bolsa é prorrogado por até 30 minutos para reabertura e negociação ininterrupta dos ativos e dos derivativos.

*

Veja outros pregões em que o circuit breaker foi acionado:

1997 - CRISE NA ÁSIA

Em 1997, países do Sudeste e Nordeste asiático enfrentaram crise financeira que interrompeu o crescimento econômico e se estendeu ao plano político, com a queda de governos. Nos anos seguintes, contaminou outros países emergentes, como Rússia, Brasil e Argentina, tornando-se a primeira crise da era das finanças globais. O fenômeno foi disparado por processo de fuga de capital e deflação de ativos financeiros das economias da região. Ao todo foram três vezes que o circuit breaker foi acionado no Brasil.

28 Outubro 1997:

Bolsa fechou em queda de 6,42%, após despencar 12,76%

7 Novembro 1997:

Bolsa fechou em queda de 6,38%, após despencar 10,43%

12 Novembro 1997:

Bolsa fechou em queda de 10,20% , após despencar 10,77%

1998 - CRISE NA RÚSSIA

Em 1998, a Rússia viveu o reflexo da crise asiática do ano anterior. Com isso, o mercado financeiro russo teve fuga de capitais, bancos em crise, e queda do preço do petróleo, principal fonte de moeda forte para o país. Em apenas um ano, a Bolsa brasileira foi interrompida cinco vezes. O governo russo, com menos recursos, se viu sem condições de pagar dívidas externa e interna. Não tinha recursos para pagar salários de funcionários públicos, militares e manter serviços estatais, como hospitais.

21 Agosto 1998:

Bolsa fechou em queda de 2,85%, após despencar 10,02%

4 Setembro 1998:

Bolsa fechou em queda de 6,13%, após despencar 13,90%

10 Setembro 1998:

Bolsa fechou em queda de 15,82% , após despencar 16%

17 Setembro 1998:

Bolsa fechou em queda de 4,84%, após despencar 10%

1999 - DESVALORIZAÇÃO DO REAL

No Brasil, o regime de câmbio flutuante foi adotado logo após a maxidesvalorização do real, ocorrida em janeiro de 1999. Em dois meses, o dólar disparou 73,6%, pulando de R$ 1,21 para R$ 2,10. A partir de então, o Banco Central abandonou o regime de bandas cambiais, que mantinha o dólar quase fixo, passando a operar em regime de câmbio flutuante. Naquele ano, a Bolsa brasileira interrompeu suas negociações duas vezes.

13 Janeiro 1999:

Bolsa fechou em queda de 5,05% , após despencar 10,78%

14 Janeiro 1999:

Bolsa fechou em queda de 9,97%, após despencar 10,09%

2008 - CRISE FINANCEIRA

Nos anos 2000, o mercado imobiliário americano estava aquecido pela alta oferta de crédito. Os financiamentos eram feitos com garantia em imóveis, e bancos repassavam esses créditos como investimentos. No entanto, tomaram crédito pessoas que não tinham como pagar (subprime, ou, de segunda linha, em inglês), gerando calote em série e a queda brusca do preço dos investimentos e dos imóveis. O banco de investimento Lehman Brothers, que negociava esses papéis, faliu em 2008. No Brasil, a Bolsa de Valores foi interrompida seis vezes.

29 Setembro 2008:

Bolsa fechou em queda de Fechou em 9,36%, após despencar 13,82%

6 Outubro 2008:

Bolsa fechou em queda de Fechou em 5,43%, após despencar 15,50%

10 Outubro 2008:

Bolsa fechou em queda de 3,37% , após despencar 10,36%

15 Outubro 2008:

Bolsa fechou em queda de 11,39%, após despencar 14,81%

22 Outubro 2008:

Bolsa fechou em queda de 10,18%, após despencar 10,28%

2017 - JOESLEY DAY

Em 2017, veio a público a informação de que Joesley Batista gravara conversa com o então presidente Michel Temer (MDB). Naquele dia a Bolsa brasileira foi fechada durante 30 minutos, quando as quedas superam 10%.

18 Maio 2017:

Bolsa fechou em queda de 8,80%, após despencar 10,70%

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