Uma história que parece um roteiro de filme intrigou a polícia de São Paulo: uma adolescente de 17 anos afirmou aos agentes que foi obrigada, pelo pai dela, a dar à luz prematuramente a filha e depois a entregar a bebê para uma mulher desconhecida. O caso ocorreu na cidade de São Vicente, em São Paulo.
Segundo informações do portal Metrópoles, a situação ocorreu no mês de setembro, mas só foi descoberta nesta semana. A adolescente afirmou que o próprio pai a convenceu a entregar a recém-nascida para uma desconhecida, aproveitando que o marido da adolescente, e pai da criança, estava viajando
“Ele [pai da adolescente] era bem preocupado e presente. Acompanhava ela em todas as consultas médicas e sempre dizia que a criança não estava bem”, contou o pai da criança, que trabalha como motorista.
A adolescente ainda relatou que o pai a orientou, desde o início da gestação, a esconder a barriga com cinta e roupas largas.
No último mês de setembro, com sete meses de gestação, o pai da garota a levou até uma clínica clandestina em São Vicente. A garota relata que não sabia que o pai dela tinha a tinha a intenção de entregar a bebê para outra pessoa.
Na clínica, a adolescente tomou um comprimido e, depois, funcionários do local fizeram massagem na barriga dela para forçar o parto. A criança teria nascido aproximadamente três horas após o início do procedimento.
Avô, filha e neta voltaram para casa no mesmo dia, à noite, onde havia uma mulher que esperava por eles. “Meu pai dizia que seria o melhor para nós duas, porque sou jovem demais. Ele me prometeu que a mulher devolveria a minha filha depois de quatro meses”, contou a adolescente.
Na última quarta-feira (16), o avô da criança resolveu fazer um “falso parto” e enviou ao pai a foto de um bebê como se fosse a filha do casal. Ao tentar ir ao hospital para se encontrar com a esposa, descobriu que todos estavam em casa.
Segundo o motorista, ao falar que estava indo para o hospital, a esposa começou a dar desculpas para que ele não fosse.
"Ela começou a discutir comigo sem motivos, disse que eu nunca mais veria nem ela, nem a minha filha. Não entendi e desconfiei. Foi quando perguntei à minha cunhada se eles estavam mesmo no hospital. Para a minha surpresa, ela estava em casa", comentou o pai da criança.
Após confrontar o sogro, o motorista descobriu a verdade do caso.
"Ele admitiu tudo. Me contou como aconteceu e disse que não se arrepende de ter dado a criança. Ele não quer dizer onde está a minha filha e afirma que a única coisa que sabe é que ela foi levada para Registro, na região do Vale do Ribeira, no interior de São Paulo. Quero a minha filha de volta. Não sei se ela está bem", desabafou o homem.
De acordo com informações da polícia, o caso foi registrado na Delegacia da Mulher de São Vicente, onde é investigado. A polícia recebeu informações sobre a localização exata da clínica clandestina e colhe depoimentos e informações que levem ao paradeiro da mulher que levou a criança.
(Com informações do portal Metrópoles)
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