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PARAZÃO

Taça Açaí quebra um jejum de três anos do Papão

O cenário se desenhava inteiramente favorável ao Paysandu. Clima bom, sem chuva, e uma gramado em ótimas condições. Nas arquibancadas do Mangueirão, 32 mil torcedores empurravam o time, confiantes que a vantagem de 4 gols conquistada no primeiro jogo cont

O cenário se desenhava inteiramente favorável ao Paysandu. Clima bom, sem chuva, e uma gramado em ótimas condições. Nas arquibancadas do Mangueirão, 32 mil torcedores empurravam o time, confiantes que a vantagem de 4 gols conquistada no primeiro jogo contra o Paragominas não seria quebrada e era apenas uma questão de tempo até o time levantar o caneco. E realmente foi. Ainda no primeiro tempo a equipe bicolor construiu a vitória por 3 a 1 – gols de Raul, Rafael Oliveira e João Neto, para o Paysandu, e Rubran para o Paragominas. O título é o 45º campeonato conquistado pelo Papão. Ele abre três de vantagem sobre o Remo, retoma a hegemonia dos clubes da capital no futebol paraense e quebra jejum de três anos sem conquistas.

O primeiro lance de perigo no primeiro tempo foi justamente o primeiro gol do jogo. Logo aos 2 minutos, Rubran testou uma bola em cobrança de escanteio para o fundo das redes de Zé Carlos, que ficou reclamando de carga do zagueiro do Paragominas. O gol saiu tão rapido que pareceu ter surpreendido os próprios jogadores do Paragominas, que ficaram desnorteados e viram o Paysandu dominar as ações ofensivas.

Também numa cobrança de escanteio Raul, de cabeça, empatou a partida para o Papão. O jogo continuou aberto pelos lados e, em meio a vários cruzamentos, o Paysandu, chegou ao gol do desempate aos 28 minutos. Mais uma vez após cobrança de escanteio, João Neto desviou a bola e Rafael Oliveira, de carrinho, mandou a bola para o fundo das redes.

A partir do segundo gol o Paysandu passou a ter o domínio da partida, ocupando o meio campo e criando seguidas oportunidades em lances pelas laterais. Antes do intervalo, em um cruzamento de Rodrigo Alvim, João Neto mandou para o fundo das redes.

A vantagem bicolor a essa altura era muito folgada – o time só perderia o campeonato se sofresse sete gols no segundo tempo. Assim sendo, o time diminuiu o ritmo na segunda etapa, com exceção do atacante Rafael Oliveira que passou a se lançar ainda mais para o ataque em busca do gol que lhe daria a artilharia. Mas o Paragominas não se entregou – com as mudanças táticas promovidas por Charles, o time voltou com melhor posicionamento e conseguiu construir algumas boas chances com Jayme e Aleílson, mas nada que pudesse desestabilizar o domínio bicolor.

Com o trilar do apito de Joelson Nazareno Cardoso, o gramado do estádio foi tomado pela festa dos jogadores, comissão técnica e dirigentes bicolores, e as arquibancadas entoavam cânticos de celebração da mais nova conquista bicolor.

Não teve essa de retranca...

A presença de mais de 30 mil pessoas, contrariando a expectativa após a eliminação na Copa do Brasil, mostrou o prognóstico que a Fiel Bicolor acreditava: o Paysandu seria Campeão Paraense. E foi. A vitória elástica por 4 a 0, na primeira partida, deixou engatilhada na garganta as palavras que todos já sabiam e que rapidamente ecoou nas dependências do Mangueirão, “É campeão! É campeão!”

“Na dedicação e na força amenizamos os problemas. Sabíamos as dificuldades, mas esquecemos tudo e hoje somos merecedores do título. Depois de campo ruim, hotel ruim, viagem ruim, tudo em quatro/cinco meses, hoje estamos coroando o nosso esforço com esse belo título e o presente para a nossa torcida”, desabafou o meia e maestro do time, Eduardo Ramos. As dificuldades foram enaltecidas e a vitória veio no campo, na raça, graças ao esforço geral.

Nas palavras do artilheiro do time e um dos heróis do jogo, o atacante Rafael Oliveira, depois de muito esforço e aprendizado, não há nada melhor do que o orgulho de bater no peito e gritar sem medo. “O importante é ser campeão. Em 2011 eu bati na trave, esse ano eu aprendi muita coisa e ainda tenho muito a aprender. Agora é comemorar, agradecer a Deus e pensar no futuro, onde a nossa equipe tem uma competição muito importante e vamos trabalhar para continuar a boa fase”.

Após o apito final e a vitória indiscutível, muitos foram às lágrimas, e o gramado foi invadido por uma bela festa em azul celeste. Não havia outro discurso a não ser o merecimento justo pela conquista. “A nossa equipe está preparada para o que der e vier. O segundo passo é estrear bem na Série B, mas hoje vamos comemorar a vitória, porque lutamos muito para chegar nesse objetivo”, disse o “cão de guarda”, Ricardo Capanema.

Teve recado aos críticos

Foram 15 vitórias, 47 pontos conquistados e apenas três derrotas na campanha do Paysandu no Estadual. Dois dos seus atacantes chegaram à marca de 27, dos 55 gols assinados. Com toda essa credencial, o treinador do Papão, Lecheva, era só sorrisos.

“Os números estão a meu favor e contra fatos não há argumentos. Do ano passado para cá entrei nessa nova etapa e tive sucesso e agora, pela primeira vez, assumo a graça de ser campeão. Sempre tivemos coragem de buscar a vitória”, exalta.

“Mesmo com a vantagem, a equipe foi para cima desde o início. Tivemos uma falta de atenção do nosso goleiro no início, mas o time não se desesperou. Fizemos três gols no primeiro tempo, como foi na primeira partida”, prossegue.

Ao final, Lecheva acabou dando um “recado” bem direto aos críticos. “Quando o time perde é o técnico que mexeu errado e quando ganha não. Não são todas as vezes, mas normalmente é a culpa do técnico, que mexeu errado, que não soube armar o time. Eu tenho uma vida dentro do Paysandu, tive muitas conquistas, mas sempre ouvi falar em mudanças. Até brincava que iria me ausentar do clube e com 50 anos voltaria, mas o resultado está aí”, desabafou em meio às lágrimas.

(Diário do Pará)

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