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PARAZÃO

Índios ocupam prédio em Belém

Representantes indígenas de cinco etnias ocupam, desde ontem, o prédio do Distrito Sanitário Especial Indígena, em Belém (Dsei/Guamá-Tocantins), para reivindicar a garantia de políticas públicas na área da saúde. O órgão é ligado à Secretaria Especial de

Representantes indígenas de cinco etnias ocupam, desde ontem, o prédio do Distrito Sanitário Especial Indígena, em Belém (Dsei/Guamá-Tocantins), para reivindicar a garantia de políticas públicas na área da saúde. O órgão é ligado à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, e funciona como o gestor de políticas públicas de assistência à saúde dos indígenas.

No entanto, os índios das etnias Tembé, Xicrin, Kayapó, Assurini e Gavião denunciam a falta de medicamentos e de algumas especialidades médicas, além de meios de transporte para os doentes.

Era por volta das 16h quando o primeiro grupo, formado por Tembés e Kayapós, chegou ao prédio do Dsei, que fica na avenida Conselheiro Furtado, mas foram surpreendidos com a ausência da coordenadora do distrito e com a pouca quantidade de trabalhadores no espaço.

Segundo o cacique Neto Tembé, a manifestação tem dois objetivos. O primeiro é exigir a saída da coordenadora do Dsei Guamá-Tocantins, Daniele Soares, e o segundo é denunciar os problemas enfrentados pelos indígenas. “Somos nós mesmos que temos que pagar as passagens para ir até os postos de saúde porque não tem transporte. Faltam medicamentos de média e alta complexidade, que antes eram distribuídos e agora quem precisa tem de comprar”, reclamou.

Neto Tembé comentou que no início do mês dois índios, um adulto e uma criança, morreram em Paragominas, segundo ele, por causa da falta de medicamentos. Os nomes dos remédios em falta não foram informados.

RECURSOS

Em reuniões passadas, a coordenadora do Dsei Guamá- Tocantins teria dito a eles que o governo federal já havia investido R$ 11 milhões para a saúde indígena. “Mas a gente não sabe em que esse dinheiro está sendo investido porque antes (no tempo da Funasa) se investia R$ 4 milhões e a gente via resultados”, ressaltou o cacique.

Um dos representantes da etnia Kayapó, Acramira Kayapó, de Redenção, no sul do Pará, afirma que faltam médicos para atender os povos indígenas daquela região. “A gente quer a retirada, a troca da administração porque tudo piorou. Nossos parentes estão abandonados, sem transporte e saúde”, queixou-se.

Nivaldo Tembé, cuja aldeia fica em Santa Luzia, nordeste paraense, lamentou não ter encontrado com algum gestor do Dsei que pudesse atendê-los. “Não encontramos ninguém da administração, mas ficaremos instalados aqui até sermos recebidos”.

A reportagem tentou contato com algum representante do Dsei para falar sobre a ocupação e reivindicação indígena, mas ninguém atendeu as chamadas. A coordenadora, Daniele Soares, também não foi encontrada pela reportagem. Um e-mail foi encaminhado para a assessoria de imprensa da Sesai, em Brasília, mas até o fechamento desta edição não houve resposta. Um contato telefônico também foi feito, mas ninguém atendeu.

(Diário do Pará)

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