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PARAZÃO

Leão está na moda dos zumbis e ressurge dos mortos

Do submundo da cultura pop para o mainstream. Esse foi o caminho percorrido pelos zumbis ao longo dos anos em incontáveis apocalipses. De George Romero e Lucio Fulci para os dias atuais, já fizeram de tudo com as criaturas: terror, comédia e até romance.

Do submundo da cultura pop para o mainstream. Esse foi o caminho percorrido pelos zumbis ao longo dos anos em incontáveis apocalipses. De George Romero e Lucio Fulci para os dias atuais, já fizeram de tudo com as criaturas: terror, comédia e até romance. Então surgiu The Walking Dead e o gênero virou, de fato, fenômeno cultural, invadindo todos os setores da sociedade... Inclusive o futebol. Pois como explicar o “renascimento” azulino diante do maior rival no último sábado se não pelo clichê “a volta dos mortos-vivos”?

O Remo estava mergulhado em uma crise técnica, com cinco derrotas nos seis últimos jogos e um futebol sofrível. Enfrentar o Paysandu na semifinal era para muitos a certeza de um novo vexame, desta vez para fechar a tampa do caixão de mais uma temporada sem disputar uma série nacional. Mas, assim como em um apocalipse zumbi, ninguém sabe ao certo como toda a desgraça começou, só que é preciso sobreviver. E foi isso que o time fez. Lutou e venceu a primeira batalha para levantar-se do mundo dos mortos.

E aqui caro leitor, você deve ter reparado que os papéis se confundiram: afinal, o Remo é um zumbi ou um sobrevivente? Como vemos em The Walking Dead e em vários outros produtos do fenômeno da zumbimania, às vezes os vivos agem como os vilões da história, em um padrão de comportamento dominado apenas pelo instinto, sem qualquer tipo de moral ou regras de convívio social. E assim tem sido o time nos últimos anos para a sua torcida, que, coincidentemente, da mesma forma que os zumbis, também é um fenômeno, amando o seu clube seja qual for a situação em que ele se encontrar.

São anos de administrações malfadadas, técnicos e jogadores indignos das tradições do clube, que o fizeram se parecer com um zumbi, perambulando pelo interior, jogando em campos localizados em quintais de fábricas ou ao lado de cemitérios, sempre à caça de uma mísera vitória contra times amadores para saciar a sua fome. Em 2013, a esperança se renovou e o time retomou o papel de sobrevivente, deixando a zumbificação de lado. A torcida voltou a eleger um ídolo, um Rick – ou Tyreese pela semelhança física – para chamar de seu, para liderar o time diante das ameaças, dos adversários que almejam a sua vaga na Série D: Val Barreto.

Sem um maestro no meio de campo, as atenções se voltam para ele. Centroavante trombador, com bom poder de finalização, tem feito gols importantes este ano e dando ao clube uma sobrevida. Assim como Rick em The Walking Dead, Barreto também passou por uma fase obscura, um período de escassez de gols, e caiu em um abismo junto com seus companheiros, tanto no Parazão quanto na Copa do Brasil. Mas se levantou no momento fundamental, logo contra o arquirrival (calma, bicolores, é apenas uma brincadeira, vocês não são o Governador).

Agora é esperar. Sábado haverá um novo confronto e só então veremos qual o papel definitivo que o Remo terá nessa temporada: se sucumbe à zumbificação, obrigado a perambular sem rumo mais uma vez; ou se decepa uma cabeça e sobrevive até as finais para se aproximar da tão esperada redenção. Como não é possível mais contar com a habilidade de Edil Highlander com a bola e com a espada imaginária, que o credenciaria a ser a Michonne do grupo, e outros ídolos do passado, a expectativa fica para que Valotelli, que não joga sábado, consiga inspirar seus amigos e passar a eles um pouco do seu espírito guerreiro. Até porque, para sobreviver, é preciso ter raça.

Confiança, ok. Mas sem oba-oba!

Na reapresentação do Clube do Remo pós-vitória no clássico Re-Pa, o clima no Baenão era bem diferente do que se viu nos últimos dias, quando jogadores mostravam um semblante pesado. Ontem pela manhã, era nítido que um sentimento de confiança estava no ar, como há tempos não se via.

O jogo do próximo sábado é decisivo nas pretensões do clube em conquistar a vaga para a Série D. Sabendo da responsabilidade, os azulinos lembraram-se da fatídica perda do primeiro turno, quando tinham a mesma vantagem do empate, mas acabaram sendo derrotados pelo rival. Agora, o passado, serve de lição. “A gente vai jogar pela vitória, até porque na final do primeiro turno jogamos pelo empate e acabamos perdendo. Mas agora é diferente porque aprendemos a lição. Estamos bem focados em chegar na final e conseguir o tão sonhado objetivo que é a Série D”, assegura o atacante Branco.

O zagueiro Zé Antônio segue o mesmo pensamento e afasta qualquer tipo de “oba-oba”. “Nosso objetivo ainda não foi acalcado. A vitória de sábado só nos deu mais confiança. Espero que o torcedor nos acompanhe e lote o estádio”, pede o zagueiro, que voltará ao time.

Time deve ter um novo trio de zaga para sábado

Desde sábado, o técnico Flávio Araújo sabe que não poderá contar com os atletas Mauro e Carlinho Rech para formar o seu setor defensivo no reencontro com o Paysandu, no próximo sábado, no jogo de volta da semifinal do Parazão. Ambos levaram o terceiro cartão amarelo e estão impedidos de entrar em campo. Na reapresentação, ontem no Baenão, Flávio iniciou os treinamentos para formação da equipe.

O zagueiro Zé Antônio, depois de ter cumprido suspensão, é um dos jogadores disponíveis para o treinador. “Vou treinar nessa semana para retornar ao time titular. Assim como o restante do grupo, vou ter mais tempo para treinar e chegar focado no sábado para conseguir essa tão desejada classificação para a final do Estadual”, confia o defensor.

Contudo, a principal novidade no miolo de zaga deve ser a entrada de Yan, de 18 anos, atleta das categorias de base do Remo desde o sub-15. O jovem atleta, que ficou no banco de reservas no último Re-Pa, revela certo nervosismo natural, mas diz que o apoio de seus companheiros tem sido fundamental para conseguir se superar.

“Estou um pouco nervoso, mas estou trabalhando com o apoio de todos aqui e, principalmente, do professor Flávio, que vem me dando oportunidade. Fui no banco no jogo de sábado e a sensação foi boa demais com o apoio do grupo, porque sou mais novo”, relata o zagueiro azulino.

Dificilmente, o comandante azulino abrirá mão de entrar em campo com três zagueiros, por isso mesmo, Yan deverá jogar ao lado de Henrique e Zé Antônio, justamente os dois mais próximos dele. “Tenho afinidade com os dois, Zé e Henrique. O apoio deles no dia a dia é muito bom”, garante.

Quem será o homem-gol do Leão?

Outro setor que o técnico Flávio Araújo terá que analisar com carinho é o ataque. Com o novo 3-6-1 adotado por ele no último jogo, apenas um homem fica responsável por fazer os gols. No clássico de sábado esse homem foi Val Barreto, que não decepcionou e deixou sua marca. Entretanto, o artilheiro remista foi um dos que levou o terceiro cartão amarelo e também não poderá atuar no reencontro com o Papão.

“Eu levei um soco nas costas e corri atrás, mas o bandeira viu e acabei punido”, recordou o atacante. Porém, diferentemente do miolo de zaga, para esse setor Flávio Araújo tem mais opções para compensar o desfalque de Val: Fábio Paulista, Leandro Cearense e Branco. Em tese, com a nova escalação azulina, Branco sairia na frente, entretanto, um julgamento essa semana pesa contra ele, que pode acabar punido. Branco sentará no banco dos réus no artigo 258, agressão física ao adversário, em decorrência de um cartão vermelho tomado no dia 21 de março, contra o Paragominas.

“Espero que seja considerado um caso normal e creio eu que vou pegar só um jogo e vou ser liberado”, acredita o atacante, que, inclusive, entrou em campo no último fim de semana, justamente no posto de Barreto. “Eu estou preparado para tudo. Eu entrei bem nesse jogo de sábado. Acho que fiz bem o meu papel”, disse, demonstrando confiança.

(Diário do Pará)

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