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PARAZÃO

A taça Cidade de Belém é do Paysandu

O zagueiro Raul foi criado no Baenão. Cresceu por lá, deve satisfação moral e profissional ao clube, pelos anos nas categorias da base do Clube do Remo. Mas, ontem, o coração de Raul mudou de cor: de azul marinho para azul celeste. E essa transformação ac

O zagueiro Raul foi criado no Baenão. Cresceu por lá, deve satisfação moral e profissional ao clube, pelos anos nas categorias da base do Clube do Remo. Mas, ontem, o coração de Raul mudou de cor: de azul marinho para azul celeste. E essa transformação aconteceu exatamente aos 42 minutos do segundo tempo da final da Taça Cidade de Belém. Naquele momento, Raul marcou o seu segundo gol na partida. Os dois gols foram responsáveis pela vitória do Paysandu sobre maior rival, o mesmo time que há anos atrás lhe ensinou os primeiros passes: 2 a 1, impiedosos e cheiros de ironia do destino.

A vitória quebrou a invencibilidade do Leão e do técnico Flávio Araújo; garantiram a vaga na Copa do Brasil 2014 e, por fim, o título de campeão do primeiro turno. Raul foi cruel com o seu ex-clube. Mas não é nada pessoal. Pelo contrário. Ao final da partida, agradeceu ao Remo. “Tenho um carinho pelo Remo, por ser o clube que me abriu as portas e me deu oportunidade de começar carreira”, disse. Uma história e tanto para acompanhar o “Clássico do Milhão” – mais de um milhão de reais foram arrecadados com a venda de ingressos.

Os lances de perigo eram lá e cá. O primeiro bom momento foi bicolor. Eduardo Ramos cabeceou com muito perigo aos sete minutos, mas o goleiro Fabiano estava bem posicionado. A resposta azulina foi logo em seguida. Fábio Paulista recebeu lançamento de Gerônimo, avançou, cortou do goleiro, mas perdeu o ângulo na hora de chutar.

Jogo equilibrado, com marcação forte para os dois lados. Construir jogadas estava difícil. Mas eis que, aos 30 minutos, os bicolores encontraram uma brecha na zaga azulina. Fabiano escorregou e Raul não teve pena de colocar para dentro. Como no jogo passado, o Remo se perdeu em campo. Walber, por exemplo, recebeu boa bola de frente para o gol, não marcou, mas reclamou muito de pênalti. Sorte que, aos 39 do primeiro tempo, Zé Antonio cobrou falta com força. O goleiro Zé Carlos não conseguiu segurar e Leandro Cearense estufou a rede e colocou a cabeça do time no lugar.

Precisando da vitória, o Papão voltou querendo gol a todo custo. Aos cinco minutos, Iarley faz a bola chegar a Eduardo Ramos, mas o chute foi fraco. O Remo tentava, mas sem articulação no meio de campo e com Paysandu mais organizado, ficou difícil. Só deu Papão. Diego Bispo, João Neto, Iarley. Mas não foi nenhum deles. A ironia do destino já estava traçada na tarde de 3 de março de 2013. Aos 42 minutos, novamente de cabeça, Raul sacramenta a vitória bicolor, chorou e faz a torcida alviceleste ir embora para casa feliz: o coração de Raul já mudara de cor.

Méritos ao ‘Maluco Beleza’, Raul!

Longe de ser uma unanimidade na Curuzu, o ex-azulino Raul escreveu seu nome na história do clássico Remo x Paysandu marcando os dois gols na vitória do Papão da Curuzu. Estigmatizado pela passagem anterior pelo grande rival e questionado por conta dos muitos cartões que tomou durante a competição, Raul gerou comentários insatisfeitos quando foi confirmado na equipe titular por Lecheva ao longo da semana. Pesava contra ele a grande atuação que Thiago Costa teve ao substituí-lo no jogo anterior.

O zagueiro, no entanto, parece ter assimilado essas cobranças como motivação e além de fazer uma partida praticamente impecável no aspecto defensivo teve a tranquilidade e frieza que os atacantes bicolores não tiveram para fazer os gols que definiram a vitória com duas cabeçadas certeiras.

Até os 29 minutos, o Clube do Remo estava mais a vontade em campo, criava mais oportunidades com Leandro Cearense, enquanto Eduardo Ramos e Djalma ficaram a mercê da marcação. Todavia, quando o maestro bicolor cobrou escanteio na área azulina, Raul foi mais ágil e cabeceou sem chances, embora Fabiano tenha escorregado no lance. O gol veio coroar um trabalho intenso, premeditando o momento de glória.

“O curioso é que no último sábado, quando o trabalho é mais leve, sempre fazemos um complemento. O Bispo pediu pro Ronaldo botar bolas na área para tirar, e eu pedi para o Brayan e para o Gleisinho cruzarem bola para a área, pois queria cabecear e fazer gol. Deus me abençoou, o Eduardo me achou e eu pude fazer”, relembrava em meio a euforia da conquista.

(Diário do Pará)

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