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Alberto Maia conta detalhes da decisão de não concorrer as eleições do Papão

Depois de diversas reuniões com dirigentes que o apoiavam, entre eles o ex-presidente Vandick Lima, o advogado Alberto Lopes Maia Filho, 52 anos, anunciou, na última sexta-feira, por intermédio das redes sociais, que estava desistindo de voltar a concorre

Depois de diversas reuniões com dirigentes que o apoiavam, entre eles o ex-presidente Vandick Lima, o advogado Alberto Lopes Maia Filho, 52 anos, anunciou, na última sexta-feira, por intermédio das redes sociais, que estava desistindo de voltar a concorrer à presidência do Paysandu. O ex-presidente bicolor alegou que foi aconselhado pelos pais, Alberto Maia e Maria da Conceição, que estão em idade bastante avançada, a não concorrer no pleito marcado para o dia 28 de novembro e cuja inscrição de chapas se encerra amanhã. Na entrevista a seguir, concedida pelo ex-dirigente na última sexta-feira, além de justificar a desistência, Maia fala, entre outros assuntos, da possível candidatura de Ricardo Gluck Paul, como candidato do grupo Novos Rumos, com o qual o ex-presidente rompeu, afirmando, também, que seria “bastante salutar” ter mais de uma chapa na disputa, o que ele não tem a certeza que vá ocorrer. A seguir o bate-papo com o ex-presidente.

O que realmente levou o senhor a desistir da candidatura à presidência do Paysandu?
Eu Vandick, Sérgio Chermont, André Oliveira, Antônio Oliveira, estivemos reunidos por diversas vezes avaliando a atual situação do Paysandu, mas, na verdade, na noite da última quinta-feira, meus pais me chamaram na residência deles e me pediram para que eu não concorresse ao pleito. O meu pai, Alberto Maia, já tem 86 anos, e minha mãe, Maria da Conceição Maia, tem 74 anos, e fizeram esse pedido. Para que eu não me lançasse candidato, mais uma vez, à presidência do clube. Depois que eles colocaram as considerações deles resolvi atendê-los.

O senhor pretende assumir algum cargo na futura diretoria do Paysandu?
Na verdade não faço mais parte da Novos Rumos e não voltarei mais para o grupo. Diante disso acho quase impossível que eu seja convidado para assumir qualquer cargo em uma gestão do grupo. Acho difícil ter qualquer atividade dentro dessas condições, com a Novos Rumos comandando o clube. Continuarei sendo Paysandu, como sempre fui, continuarei acompanhando o Paysandu, inclusive em jogos fora de Belém. Mas não devo assumir nenhum cargo de diretoria.

O Luiz Omar Pinheiro, que estaria disposto a se lançar candidato, disse, em entrevista recente, que sua candidatura era só um “balão de ensaio” para atrapalhar o pleito dele.
Não tomei conhecimento dessa situação.

Com a experiência de já ter sido presidente do Paysandu, qual a recomendação que o senhor daria ao futuro presidente do clube?
Não vou recomendar o que é preciso se fazer, visto que tudo aquilo que eu fiz não houve o compromisso da continuidade, então não dá pra recomendar nada. O que eu poderia orientar é que o próximo presidente deveria retomar a continuidade ao projeto que foi iniciado na gestão do ex-presidente Vandick Lima e que eu levei à frente. Essa é a única recomendação, digamos, que eu posso dar ao próximo presidente do Paysandu.

O senhor acredita que a eleição do Paysandu tenha mais de uma chapa?
Bem, a única certeza que tenho, neste momento, é que a minha chapa não vai participar. Isso eu posso afirmar. Ouço falar em candidaturas, mas não sei dizer se elas realmente acontecerão. Se essas chapas serão registradas. Seria muito salutar ter mais de uma chapa no pleito.

A saída do ex-presidente Sérgio Serra, que o sucedeu, lhe causou alguma surpresa?
De forma alguma. Não fiquei nem um pouco surpreso. Sempre disse que o Serra não aguentaria seis meses na presidência do Paysandu. E isso se confirmou. Tinha essa avaliação baseado no fato de que o Serra como vice do Vandick ficou quatro, cinco vezes, afastado do clube por causa de problema de depressão. Se como vice ele viveu essa situação, já dava para imaginar que como presidente, onde a carga de responsabilidade, a cobrança são bem maiores, ele não aguentaria. É muito difícil ser presidente de um clube de massa. Existe a obrigatoriedade de acertar sempre.

Muita gente, inclusive dentro do Paysandu, colocou em xeque a justificativa do ex-presidente para deixar o cargo, como o senhor viu aquela situação?
Não tenho como falar sobre isso. Foi uma situação que ele colocou. É um direito que ele tem de colocar para justificar a saída dele. Não posso questionar, até pelo fato de eu não estar presente dentro do clube naquele momento.

Como o senhor vê a possível candidatura do Ricardo Gluck Paul, representante da Novos Rumos?
Acho que ele precisará ter muito pulso para tomar as decisões. O presidente de um clube, como o Paysandu, representa a torcida, representa os sócios que venham a votar nele. É o mínimo que ele pode fazer.

O senhor acredita que a campanha do Paysandu na Série B terá reflexos na votação da eleição bicolor?
Sim. Claro que sim. Com certeza o resultado do futebol influencia não só nesse aspecto, mas principalmente nos aspectos administrativos e financeiros do clube. Em clube de futebol de massa sempre foi e sempre será assim. Então, tendo mais de uma chapa, tenho certeza de que a participação do time no Brasileiro terá influência na votação dos associados.

Como o seu grupo recebeu a sua decisão de desistir da eleição?
Com muita naturalidade. Todas essas pessoas que sempre estiveram comigo esse tempo todo, sabem o quanto eu sou apaixonado pelos meus pais, que são as coisas que eu mais amo neste mundo. Graças a Deus tive o apoio de todos esses companheiros, que entenderam e acolheram bem a minha decisão. Eu jamais faria alguma coisa que viesse a contrariar os meus pais.

Qual a avaliação que o senhor faz da gestão do presidente Tony Couceiro?
Não me sinto à vontade pra falar da gestão do Tony. Continuo me dando bem com ele. Não tenho nada contra ele. Sei que o Tony está passando por momentos difíceis. Também passei por situação parecida. Pouca gente sabe, mas fui três vezes internado, uma na semi-UTI. Sei que ele está passando momentos muito difíceis, tenho o Tony como um grande amigo, por mais que eu tenha saído da Novos Rumos, tenho um respeito muito grande por ele e pelo pai. Existem divergências de pensamentos, é normal, mas respeito como pessoa e torço pra que ele consiga reverter esse quadro.

O senhor acha que o fato de ter enfrentado problemas de saúde em sua gestão, como o senhor mesmo já revelou, foi levada em conta pelo senhor Alberto e a dona Maria Conceição?
Acho que meus pais, que já são idosos, levaram em consideração tudo. Jamais faria alguma coisa, como disse, para contrariar e criar algum problema pra eles em função de minha candidatura. Então, por isso resolvi acolher as colocações e ponderações que eles fizeram. Num contexto geral vi que eles realmente tinham e têm razão. Então, o melhor que fiz foi desistir de disputar a eleição.

O que levou ao “racha” da Novos Rumos?
O fato de não terem dado continuidade ao trabalho iniciado pelo Vandick. Os sucessores fizeram mudanças significativas no projeto inicial e que acabaram causando, no meu entendimento, um prejuízo muito grande ao Paysandu. A partir disso, houve sim um descontentamento, mas poucos tiveram coragem de falar. Eu, o Sérgio Chermont e outras poucas pessoas tiveram coragem de falar. O descontentamento e o esfacelamento do grupo, a meu ver, surgiram a partir daí.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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