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ESPORTE PARÁ

Leão deu um tiro no 'planejamento vitorioso'

O planejamento montado pelo departamento de futebol do Clube do Remo, em meados de outubro do ano passado, relativo ao desempenho da equipe em campo, vai tomando caminho distinto do programado. Na realidade, o que deveria resultar em triunfos, aos poucos,

O planejamento montado pelo departamento de futebol do Clube do Remo, em meados de outubro do ano passado, relativo ao desempenho da equipe em campo, vai tomando caminho distinto do programado. Na realidade, o que deveria resultar em triunfos, aos poucos, vai exibindo as mesmas promessas de edições passadas. Em menos de três meses de temporada, por exemplo, o time se despediu de duas competições importantes, no qual o fator financeiro foi o principal afetado pelas saídas precoces. A demissão de Ney da Matta, grande aposta da diretoria para a retomada azulina por títulos, comprova isso.

A vinda do treinador a Belém, mesmo com o argumento de brigar por tudo no ano, foi exclusivamente pelo acesso à Série B, afinal, a contratação de um especialista na Terceirona apontava isso. Contudo, o imediatismo ainda reina nos bastidores azulinos, que agora prometem dar sequência ao programado. “Precisamos olhar o futebol como um todo, dentro e fora de campo. Estamos fazendo a nossa parte e vamos lutar pelo que acreditamos”, resumiu o diretor de futebol Milton Campos.

No Remo, um técnico entrega o colete a outro após uma média de 3,5 meses no cargo (Foto: Fernando Araújo)

NEY DA MATTA EM NÚMEROS

10 partidas
4 vitórias
4 derrotas
2 empates
Percentual: 60% de aproveitamento.

Pontos altos:
Vitória de virada sobre o Paysandu, por 2 a 1, na quarta rodada do Campeonato Paraense.
Classificação à segunda fase da Copa do Brasil, após vitória de 2 a 0 sobre o Atlético-ES.

Pontos baixos:
Eliminação na Copa Verde ainda pela primeira fase, após derrota de 3 a 1 para o desconhecido Manaus-AM, na somatória das partidas.
Eliminação na Copa do Brasil pelo Internacional-RS, por 2 a 1 de virada, demonstrando falta de poder de reação.
Atuações fracas fora de casa, assim como desempenho ruim no Estadual.

Atual gestão vai para o quinto treinador

O cargo de treinador no Brasil é medido unicamente por resultados. Poucos são os casos dos profissionais que se mantiveram um longo tempo em suas equipes. No Remo, por exemplo, pelo menos com a atual gestão, ficou claro que a continuidade não é prioridade. A gestão de Manoel Ribeiro encaminha a quinta contratação de técnico em um período de apenas 14 meses.

Para se ter uma ideia, é como se cada profissional ficasse pouco mais de três meses à frente da comissão técnica, antes de ser dispensado. Dessa maneira, a falta de zelo dos dirigentes nas contratações acaba sendo apontada como mais culpada do que o próprio rendimento dos técnicos, já que eles, em geral, não tiveram muito tempo para trabalhar.

Josué Teixeira, Oliveira Canindé, Léo Goiano e Ney da Matta foram os profissionais que participaram da dança das cadeiras na comissão técnica de 2016 para cá. Teixeira foi o que mais durou. Tinha carta branca e trouxe vários “bondes” para o elenco. Alguns, inacreditáveis de tão ruins. Canindé se viu no meio do furacão e não soube lidar com os egos do elenco. Goiano tentou fazer milagre, sem sucesso. Sendo assim, a falta de competência para saber a quem dar poder e quem colocar no cargo, de acordo com suas características e as do elenco, pode ser definido como um dos principais motivos pelos inúmeros erros feitos pela diretoria.

As demissões e fracassos sucessivos de treinadores vencedores no Remo (Teixeira e Da Matta já venceram a Série C) são reflexos também da oscilação interna da agremiação. Pois o próprio departamento de futebol sofre com a instabilidade. Durante os mesmos 14 meses da atual gestão, o clube, hoje, conta com a sua segunda roupagem no carro-chefe. “Vamos fazer o que tem que ser feito. Não vamos nos esconder, os trabalhos vão continuar”, disse o presidente Manoel Ribeiro.

PARA ENTENDER

A atual gestão do Clube do Remo está à frente das atividades administrativas da agremiação há 14 meses. Durante esse tempo, já passaram quatro treinadores no futebol profissional. Em números, é como se cada um atuasse durante 3,5 meses antes de ser dispensado. Confira o retrospecto:

Josué Teixeira – 24 jogos (11V / 8E / 5D)
Contratado: 06/12/2016
Dispensado: 12/06/2017

Oliveira Canindé – 4 jogos (1V / 2D / 2E)
Contratado: 13/06/2017
Dispensando: 10/07/2017

Léo Goiano – 9 jogos (2V / 4E / 3D)
Contratado: 10/07/2017
Dispensado: 12/09/2017

Ney da Matta – 10 jogos (4V / 4D / 2E)
Contratado: 04/11/2017
Dispensado: 26/02/2018

(Matheus Miranda/Diário do Pará)

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