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ESPORTE PARÁ

Leia a crônica de Carlos Eduardo Vilaça: Quando a lógica não entra em campo

Qualquer análise prévia de um clássico é temerosa. Em Re-Pa, então, é inaceitável. Esse jogo não é regido por tática, pelo bom momento de um dos rivais ou pela condição financeira. A raça, sim, esse é o único elemento que não pode faltar. Pois ele desafia

Qualquer análise prévia de um clássico é temerosa. Em Re-Pa, então, é inaceitável. Esse jogo não é regido por tática, pelo bom momento de um dos rivais ou pela condição financeira. A raça, sim, esse é o único elemento que não pode faltar. Pois ele desafia a lógica, encontra abrigo no peito dos torcedores nas arquibancadas, também movidos pela paixão.

Sei que soa romântico demais para tempos tão modernos como o que vivemos, especialmente pelo fato de que o futebol é tratado como negócio, acima dessa essência “varzeana”, da brincadeira e dos sentimentos que cultivamos desde pequenos; ora, percebe-se isso quando informações sobre rankings digitais, de sócios ou quem tem a melhor fornecedora de material esportivo, por exemplo, ocupam o noticiário em número igual ou maior do que a bola rolando dentro de campo. Novos tempos.

Ainda assim, o clássico é um herói da resistência. Não importam estatísticas, balancetes, projetos de longo prazo. Aliás, nem de curto prazo, pois já vi treinador estreante ser demitido após uma derrota no Re-Pa. Não é à toa que Ney da Matta e Marquinhos Santos estão com o discurso de que o planejamento não vai ser alterado seja qual for o resultado. Sim, eles estão certos. Não poderiam falar outra coisa. Mas, aqui entre nós, o papo é outro, né? E eles sabem disso. O perdedor (ou quem jogar pior, em caso de empate) já passa a ser visto com olhos desconfiados.

O torcedor quer ganhar o clássico. Essa é a única verdade absoluta que envolve o jogo. Se vai ser no esquema 4-3-3, 4-4-2, 3-5-2, no 2-3-5 dos primórdios do futebol, ou até apelar para uma retranca no 9-1, tanto faz. Isso fica para as coletivas dos “professores” no vestiário. A vitória sobre o arquirrival é o que vai ficar para a história. E mesmo se não for um jogo histórico, já vale pelas encarnações do dia seguinte no trabalho ou na escola.

O que vale realmente destacar para o Re-Pa deste domingo é que os jogadores de ambos os lados parecem ter consciência do que ele significa, por suas declarações que denotam certa ansiedade. Mas caso eu esteja enganado e eles não saibam, vai a dica: o Círio de Nazaré, Remo e Paysandu, formam a Santíssima Trindade do povo paraense. E daqui até domingo, os mais fanáticos já estarão, inclusive, sonhando com as jogadas, ao melhor estilo Chico Buarque, na canção “O Futebol”, só que em vez de Mané, Didi, Pagão, Pelé e Canhoteiro, as tabelinhas mágicas terão como protagonistas Moisés, Cassiano e Fábio Matos de um lado; e Isac, Felipe Marques e Adenílson de outro. Bom Re-Pa a todo.

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