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Criado no futebol de várzea, União dos Operários FC alimenta DNA fraterno

São Paulo é um estado no qual grande parte dos clubes de futebol fincaram suas raízes ainda nos campos de terra, sem competições oficiais, mas com calendários definidos mensalmente. Alguns deles chegaram ao patamar de se profissionalizarem, enquanto outro

São Paulo é um estado no qual grande parte dos clubes de futebol fincaram suas raízes ainda nos campos de terra, sem competições oficiais, mas com calendários definidos mensalmente. Alguns deles chegaram ao patamar de se profissionalizarem, enquanto outros permaneceram no anonimato dos holofotes midiáticos, como o caso do União dos Operários Futebol Clube. Fundado no dia 1º de maio de 1917, com sede no bairro do Belenzinho, o time de várzea superou os 100 anos de uma história que ultrapassa o campo e bola.

“A várzea é o princípio do futebol profissional. Um é o auge pelo que o outro significou no passado”, analisou Duílio Romano com exclusividade à Gazeta Esportiva. “Nossos times eram comparáveis com os times grandes, os profissionais. Muitos jogadores que passaram pelo União dos Operários jogaram em Palmeiras, Portuguesa e outros”, comentou o Dragão, como é conhecido pelos amigos do clube.

Duílio (à esquerda) e Alexandre Dotti comentam sobre a representatividade do União dos Operários (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

A fundação do União dos Operários Futebol Clube foi promovida em relações “familiares de laço”. Hoje senhores, os jogadores que marcaram a história do clube não escondem a relação próxima e a confraternização que começou na construção do primeiro campo. Dentro das quatro linhas, porém, esse clima amistoso era deixado de lado, mas retomado no apito final.

“O União tem uma representatividade muito grande. Princialmente pela coletividade, união e confraternização entre as pessoas. Ao término do serviço, todos se encontravam no clube. Isso acontecia antigamente, na nossa época, e acontece hoje. Nós nascemos com o clube e mantivemos ele vivo com nossos esforços. Estamos com idade, mas ainda brincamos às quintas-feiras. Não corremos atrás de garotos, porque já é demais”, relatou Alexandre Dotti, com o riso emocionado.

“Na nossa época, a gente oferecia uma vantagem do caminhão, que era como o pessoal chegava no jogo, ou um troféu. A nossa diferença eram os lanches e caipirinhas que dávamos para o pessoal”, acrescentou o ‘Choca’. “O clima dentro de campo era duro, tinha muita briga. A fama do nosso time era até de bastante briguento, mas quando acabava vivia todo mundo junto, até com nossos rivais”, finalizou.

Em mais de 100 anos de história, o clube do Belenzinho também conseguiu, dentro de campo, alguns rivais históricos. A localização era o principal argumento que justificava o clima mais tenso dentro de campo, principalmente contra os principais vizinhos. De acordo com os ex-jogadores do União dos Operários, o Vila Maria foi a equipe responsável por uma das maiores derrotas do clube nas quatro linhas. Fora delas, o avanço, com a construção de uma sede social mantém viva a história de um dos centenários de São Paulo.

“O Vila Maria, que dia triste que nós tivemos com eles. Dia 1º de maio de 1967, nas comemorações de 50 anos do nosso clube, foram no nosso campo e ganharam da gente”, disse Alexandre ‘Choca’. “Nossa distância era de atravessar a ponte e sempre teve algo entre Vila Maria e Belenzinho. A rivalidade dos bairros que tem até hoje começou dentro do campo”, completou Duílio.

Gerson Soares é o ator do livro que conta a história dos 100 anos do União dos Operários Futebol Clube. (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

Autor do livro que relata a vida do União dos Operários Futebol Clube, Gerson Soares revelou a motivação para reunir mais de 100 anos da história de um clube de São Paulo, que teve a fundação enraizada no bairro do Belenzinho, passando por diversos campos por conta de compra de terrenos e despejos, até estruturar sua sede que conta com a presença de diversos ídolos do esporte.

“Foram 19 meses convivendo com eles, toda a quinta-feira, com entrevistas que duraram horas. Uma pesquisa iconográfica de muitos dias, meses para legendar fotos. A diretoria preparou uma comissão para a data especial do centenário, disposta a contar sobre a dedicação de todos para manter viva a história e eternizar tudo isso”, disse o autor do livro.

*Especial para a Gazeta Esportiva

Fonte: Gazeta Esportiva

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