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PARÁ

Mulheres paraenses e cheias de destaque no futebol brasileiro

Pela primeira vez na história, o futebol nacional ganhou de fato o que merece na Copa do Mundo de Futebol Feminino: além de mais uma transmissão em canal aberto, as mulheres receberam da patrocinadora de uniformes da seleção roupas exclusivos para elas. P

Pela primeira vez na história, o futebol nacional ganhou de fato o que merece na Copa do Mundo de Futebol Feminino: além de mais uma transmissão em canal aberto, as mulheres receberam da patrocinadora de uniformes da seleção roupas exclusivos para elas. Pode até parecer um ganho a mais, mas na verdade, é apenas igualdade. Mesmo assim, tudo indica que será um grande momento para as mulheres.

A luta da mulher no esporte é antiga, e não está só nas 4 linhas. Existe tanta gente lutando não apenas pela igualdade de gênero, para ter oportunidade e respeito, e o futebol é só um exemplo disso. Por ser um ambiente machista, ganha a força das mulheres, que têm números surpreendente com a camisa canarinha.

Temos aí a Marta, a maior artilheira da seleção, com 117 gols, marca superior aos 95 de Pelé. Em 2015, foram 15 gols na Copa do Mundo de futebol feminino, o que tornou a brasileira a maior artilheira da história da competição.

Aqui, pertinho da gente, temos muito do que nos orgulhar. Formiga, 41 anos, baiana radicada no Pará, vai para a sua sétima Copa do Mundo de futebol feminino. Até 2020 ela tem contrato com o Paris Saint-Germain. Ainda quer mais? Campeã da Copa América Feminina em 2018, três vezes campeã dos Jogos Pan-americanos, em 2003, 2007 e 2015; três vezes campeã da Copa Libertadores da América de Futebol Feminino, em 2011, 2013 e 2014; vice-campeã da Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2007; vice-campeã dos Jogos Pan-americanos em 2011; bola de Prata em 2016 como destaque Futebol Feminino.

Formiga é a única jogadora a participar de seis Olimpíadas e desde 1996 ela participou de todas as edições da Copa do Mundo de Futebol Feminino. Ela é a atleta que mais jogos com a camisa canarinha, segundo a CBF.

Enche a gente de orgulho, né?

ALINE COSTA – A DEFENSORA DO FUTEBOL FEMININO PARAENSE

O Pará tem mais coisas para se orgulhar. Quem por aí já não viu a imagem de Aline Costa nos noticiários esportivos? Atualmente como diretora do Departamento de Futebol Feminino e técnica da equipe feminina do Paysandu, Aline é referência quando se pensa em futebol feminino no Pará.

Com resiliência e persistência, a profissional já passou por Tuna, Pinheirense e desde 2016 está na equipe alviceleste. Se for colocar o currículo dela aqui, não terá fim! Aline soma quatro títulos do Campeonato Paraenses e um Campeonato Brasileiro Feminino A-2, com o Pinheirense. Na ocasião, o time bicolor foi cedido para o General, que estava classificado para a disputa da competição.

Relembre a conquista do Campeonato Brasileiro Feminino A-2:

Para este ano, diferente do Remo, que ainda vai iniciar uma peneira para jogadas, com a criação do Diretoria de Futebol Feminino bicolor, o clube criou um cronograma para a disputa do Campeonato Brasileiro Sub-20 de futebol feminino.

Acompanhe a entrevista de Aline Costa:

LEILA – A SEREIA PARAENSE

Leila atuando pelo Santos. (Fotos: Arquivo Pessoal)

Tem sereia na Vila com sangue paraense. Leila, 24 anos, que tem a conquista do Campeonato Brasileiro Feminino A-2 e vice no Paraense pelo Paysandu, junto com Aline, assinou contrato com o Santos e hoje faz parte do seleto grupo das Sereias da Vila. Marta já foi uma delas.

Aos 13 anos, Leila há estava na companhia da bola com o Independente, tendo depois passagens por Remo, Tuna e Pinheirense. Mas o sonho dela é ainda maior: a seleção brasileira. E torcida ela já tem por aqui e no Brasil!

Veja a entrevista exclusiva da Sereia da Vila para o DOL:

P: Como foi a decisão de escolher a carreira de jogadora? Foi um caminho que sempre buscou ou uma oportunidade que surgiu?

R: Foi um caminho que sempre busquei e que com o apoio da minha família consegui seguir.

P: Em Belém, o futebol feminino tem pouquíssimo destaque, os holofotes estão se virando para a categoria recentemente, com a ascensão de alguns clubes. Como você enxerga essa questão?

R: O futebol feminino ainda não conquistou o seu devido espaço, mas estamos caminhando para isso. Lutando cada dia mais para ganhar visibilidade e o respeito devido.

Hoje podemos observar grandes jogadoras sendo descobertas. Mas ainda assim precisamos de apoio, precisamos que os times deem a devida importância para essa categoria.

P: Sobre preconceito, você já sofreu muito no futebol?

R: Sim! Já fui muitas vezes chamada de “Maria macho”, já ouvi bastante que lugar de mulher é no fogão, dentre outros xingamentos que rodeavam as beiradas dos campos.

P: A Formiga está indo para mais um mundial, uma marca espetacular e invejável. A jogadora ainda não está rica como jogadores da idade dela, e precisa trabalhar para se manter. Existe uma disparidade exorbitante entre atletas do futebol do sexo masculino e do sexo feminino. Diga um pouco sobre o que você sente como profissional em relação a isso.

R: É algo lamentável. Nós mulheres treinamos, jogamos, nos lesionamos, assim como qualquer outro jogador. Infelizmente, ainda há uma grande diferença, não só de salário, mas como de mídia. Muitas jogadoras precisam trabalhar por fora, para pagar suas contas que nem sempre é possível quitar com o que ganham apenas jogando.

P: A Copa do Mundo de futebol feminina este ano ganha um brilho especial: a imprensa está cobrindo os treinos, os jogos serão transmitidos, os uniformes têm a versão especial para mulheres, entre outras coisas. Como você vê essa valorização?

R: É bastante gratificante ver que outras mulheres podem torcer pela nossa seleção com o uniforme das meninas. Foi bastante demorado o processo para chegar onde chegamos. Mas sinto que a valorização tá chegando cada vez mais e com ela o respeito e o devido valor que essas meninas têm.

P: Você saiu do Norte e foi para o Sudeste. Fale um pouco da diferença entre o futebol feminino nas regiões.

R: Bom, a visibilidade é maior, por ser categoria feminina de times maiores. A infraestrutura e o apoio não só dentro do time, mas também da torcida, faz com que o prazer de estar em campo seja maior. No Norte também temos times femininos que tem uma boa estrutura, mas falta visibilidade.

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