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ESPORTE PARÁ

Leia a coluna 'Crônica da Bola': Entre a mística e a realidade

Um dos maiores mistérios do futebol europeu nos últimos tempos era o que acontecia com o Manchester United de José Mourinho, que, mesmo com um elenco milionário, não conseguia fazer frente aos seus adversários e, quando vencia, era pragmático, jogando de

Um dos maiores mistérios do futebol europeu nos últimos tempos era o que acontecia com o Manchester United de José Mourinho, que, mesmo com um elenco milionário, não conseguia fazer frente aos seus adversários e, quando vencia, era pragmático, jogando de forma feia e extremamente defensiva. Nada de extraordinário – ou pelo menos acima da média – saía dos pés talentosos de Pogba, Sánchez, Mata e companhia. Estranho, não?

Pois bem. Com a demissão do português, entrou em cena o norueguês Ole Gunnar Solskjaer, ídolo do clube, que assumiu interinamente o comando. E fez-se a mágica. Foram quatro vitórias em quatro jogos. Mas não apenas isso. O United voltou a jogar bem. Apatia era coisa do passado. O que se viu a partir de então foi um time vibrante, que gosta de ser protagonista em seus duelos e vencê-los por placares elásticos.

Temos aqui três versões possíveis para essa mudança brusca de comportamento. A oficial, defendida pelos jogadores e pelo novo treinador, é a de que os Red Devils recuperaram o seu DNA. Com Mourinho, o time era sisudo e só se preocupava com o resultado, ou seja, ninguém se “divertia”, com os atletas sendo “castrados” pelo antigo chefe em nome da obediência tática. Isso mudou com a chegada de Solskjaer, vencedor de 12 títulos pelo clube e que sabe o que a torcida espera ver em campo. Ele teria liberado a criatividade, deixado seus atletas demonstrarem todo o seu potencial, em prol de um futebol com a “marca” do United.

Confesso que, embora oficial e tenho ranço por coisas “oficiais”, essa é a versão mais interessante, pois apela para uma mística, um romantismo, que anda em falta. Mas a realidade aponta dois caminhos mais plausíveis e bem conhecidos por todos: o primeiro é o famoso fôlego que a troca de técnicos costuma promover em qualquer clube do mundo. Dar aquela chacoalhada no elenco é estratégia usual de dirigentes. Às vezes dá certo, outras nem tanto, e só o tempo pode dizer se os efeitos positivos serão duradouros.

Mas a terceira versão, exatamente a que ninguém será capaz de bater no peito e assumi-la, é aquela que, a meu ver, dá uma noção melhor dos motivos por trás do desempenho fantástico do time pós-Mourinho: o elenco não suportava mais o treinador e fazia corpo mole, forçando a sua saída. Explicação simples, direta e cruel. Não é novidade. Já vimos isso inúmeras vezes. No mesmo futebol inglês os jogadores do Chelsea fizeram isso com Felipão, por exemplo. Por aqui, essa desconfiança também dá as caras vez ou outra.

Bem, pessoalmente, se o objetivo de forçar a demissão de um técnico é para poder jogar ofensivamente, buscando sempre o gol, o que era “proibido”, nesse caso não tenho como não ficar ao lado dos jogadores. Entre ver Pogba jogando o que sabe e me apiedar de Mourinho, fico com o craque, sem pestanejar. Até porque o português precisa mesmo de um tempo para se reciclar. Está certo que nunca foi adepto do jogo bonito, mas ao menos sabia ser competitivo. Se continuar com suas teimosias o seu processo de “Luxemburguização” será irreversível.

Enquanto isso, o Manchester United voltou a se portar como grande e será bem interessante acompanhar sua tentativa de retomar espaço entre os primeiros colocados no Inglês, mas, principalmente, ver o desenrolar desse seu novo momento na Liga dos Campeões, em que vai enfrentar o Paris Saint-Germain nas oitavas de final. Até porque o time de Neymar te o costume de cair nessa fase da competição. A conferir.

Kevem, uma decisão acertada

A Copa São Paulo de Futebol Júnior começa hoje para o Remo e um dos destaques da equipe seria o zagueiro Kevem, mas ele foi tirado da delegação e mantido com o elenco profissional. Perfeito. Desde o ano passado ele já treinava com o time de cima e merecia ser olhado mais de perto pela comissão técnica. Dificilmente vai ser titular e nem deve mesmo, ao menos a princípio. O risco de ser queimado é grande pelo fato de ser um garoto muito novo e que ainda precisa ser trabalhado. Mas é fundamental que ganhe oportunidades, seja testado, esteja integrado ao grupo. Não só ele. O Remo tem jogadores da sua base que têm que ser colocados pouco a pouco para jogar. Só assim ficarão aptos e poderão reivindicar uma vaga entre os 11. Sei que a grana anda curta, mas de vez em quando é bom formar jogadores para o próprio consumo e não apenas para o mercado.

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